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TEMPO PLASMÁTICO



Houve o tempo em que tudo era o Todo
E o Todo era o Nada
Este foi o Tempo da Inflexão
O Vazio da Respiração  Divina

Nele o Pleno era Uno
E a sua unicidade se bastava
Mas tudo já era potencialmente
Pois tudo já fora
E o Nada preenchia todos os vazios
E era Pleno na sua Dinâmica

O Fogo irrompeu do Espaço sem limites
E despertou a Semente
Que permanecia potencialmente Vida
Hibernando
À espera
Do Sopro
Do Calor
Da Umidade
Que emanam da Existência Eterna
E a plantou no Útero do Universo

E a Semente da Verdade gerou mil por um
E no Plasma
Ficou contido a Semente da Vida
Que hibernou
Por sete Auroras e sete Ocasos
A procura de uma forma
Nesta hibernação
A Semente gerou Círculos
Que de tempos em tempos
Mudaram de direção

Como fecunda era toda a existência
Tudo se multiplicou
e se expandiu até a explosão da Bolha

Rompido o Ovo
Espalhou-se o líquido por todo o espaço
E isto representava a Vida
Em tudo o que fora feito       
E a Raiz de tudo o que seria

Mas se Vida existia
Somente esta era manifesta
Sem contudo nada mais apresentar
Que mostrasse a razão do Ser

E prosseguiam os tempos
Com a multiplicação
Operando simplesmente
Na divisão da substância
Que se auto fecundava

O plasma
Ocupava toda a região do Universo
E sua existência era una com o Todo
E nele se manifestavam seus Reflexos

E este grande Oceano de Vida
Era perfeitamente homogêneo
Harmonioso nos seus aspectos
Completo na sua essência

E suas gotas
Já possuíam identidade própria
E cada uma
Já era o seu todo

Mas as gotas
Não tinham a consciência
De que estavam
Ou representavam
Mas suas manifestações
Já demonstravam perfeitamente
O seu fim
Através dos Reflexos contidos
Emanados da Fonte

E no Fogo da única manifestação
Fluíram todos os seres
Sem que para tanto fosse demonstrado
Que seriam gerados na perfeição

O Vácuo
Não mais era o abismo da Sabedoria
Mas o Oceano da Existência
e da Vida

E os seus momentos
No ponto de inflexão
Bastaram para que fossem transmutadas
Todas as existências
Do Todo na sua unicidade

A nova aurora rompia após um ocaso profundo
Onde muitos ficaram
Para sempre
Integrados


E esta
Era na Infinita Existência
Mais uma Ronda d'Aquele
Que viu nascer todos os nascidos
Do sangue e da carne
E que gerou os nascidos
Da água e da luz

O círculo havia se completado                   
A paz havia se restabelecido
A unicidade havia se restaurado
E tudo isto
Para representar mais um Sopro Divino
Mais um alento material
Mais uma volta da existência no sem fim

O Plasma já estava!
E como tal
Representava a primeira Ronda
Das sete
Nas sete manifestações do homem
Em cada uma delas
No Cosmos

E com ele
Tudo o que lhe seria dado
Para se servir
Durante toda a sua existência

Ora!
Tudo se passou para que vós
Que hoje estás no julgamento da vossa passagem
Possais conhecer
Que vossa ronda está por findar
E que vossa existência está por concluir
E que vossa integração se fará
A medida em que sejais completo
Nos Reflexos
Que já trouxestes por todo o vosso tempo

Estes Reflexos são vossos
E estão em vossas entranhas
No vosso útero
Latente
Pedindo a Luz do Fogo Celeste
Que o desperte
Para o início da sua longa
E breve caminhada

Somente a vós pertencem
Somente a vós cabe conduzi-los
Na Luz da Sabedoria
Que se formou
Para montar o dinâmico desenho
Dos Círculos concêntrico
E cujo centro
Esta no seio do Infinito

O vosso legado é de Paz
Mas também é de desespero
Para que possa crescer
O que está contido dentro do vosso coração

E que a Verdade
Que sempre explode
Quando as mentes estão adormecidas
Possa mostrar a sua legitimidade
No momento em que mais um dia se forma
E mais um dia se cumpre
Da longa caminhada
Em busca do complemento
Que ora colocamos em vossas mãos

O vosso Plasma continua fluindo
E fluirá sempre como fluía na origem
Até os tempos findos

E O que vos garante a Vida
É O que vos une ao Oceano

Não vos perturbais em identifica-lo
Apenas acreditais na sua existência
Pois isto basta
Para que sejais recompensado
Com a renovação permanente
Do vosso ar e da vossa luz

Retrocedei na escala da vossa eternidade
E procurais os mais recônditos lugares
Do vosso ser
Para que assim fazendo
Possais melhor compreender
O vosso estado
E o vosso estar

Rememoreis as vossas súplicas
Para que assim possais relembrar sempre
Os vossos desígnios
E tudo o que vos foi colocado
E que tivestes nas mãos
Para assim também
Romperdes a vossa casca
Que vos aprisiona neste espaço limitado
Que é a vossa casa
Neste breve momento
Que agora passas
E que tens que cumprir

Todas estas incertezas
Vos farão para sempre
Filhos da Verdade
E vos colocarão sempre
À frente de todos os desejos do Pai
Para que se frutifiquem em vós
Suas manifestações

E que suas estadas entre vós
E nos vossos tempos
Sirvam para conduzir-vos
Aos caminhos do Luzeiro

Ele permanece sempre brilhando
E seu fogo nunca falta
E sua origem
Está na limalha de ferro que fundiu
Quando tudo ainda era ocaso

Olha para o eterno que se eternizou
Olha para a dor que restaurou as origens
Olha para o suave e terno afago da mãe no dia da provação
Olha para a luz que restou do cativeiro dos mortos
Olha para os véus que se recolheram para encobrir as lágrimas
Olha para a eclosão do fogo da verdade

E agora obreiro!
Que conduz a obra da vossa geração
Faz o vosso recanto
E coloca a vossa pá na paz de muitos
Que a vós virão
E que para sempre
Serão vossas ovelhas

Praticai esta Sabedoria
E colocai como prioridade do vosso Ser
Esta oportunidade que tens
No vosso crescimento
Para que assim possais conhecerdes
Tudo o que vos dignifica

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