Alvaro de Oliveira Neto
CHAOS
A
DIVINA
HARMONIA
PARTE I
O Caos
O Despertar
A Entrega
O Estar
A Ronda
PARTE II
Tempo Plasmático
Tempo Hibernal
Tempo Hibernal
Tempo Animal
Tempo Mental
Tempo Racional
Tempo Etéreo
Tempo Espiritual
PARTE III
O Chaos
A
Palavra
O Espírito Santo por vezes
inspira aos homens muitas palavras cujo sentido oculto não é entendido por
eles. Todas são abismos e profundidades, restringi-las, pois, a nosso sentido
limitado é querer apanhar com a mão o ar e os átomos de que está carregado: o
ar nos escapa, e na mão nada fica. Não podemos compreender as verdades ocultas
sob as palavras de Deus, nem a multiplicidade de sentidos que encerram. Ele
mora acima dos céus e fala a linguagem da eternidade, enquanto nós, cegos sobre
a terra, só entendemos o temporal e humano. Deus dará inteligência quando e a quem
lhe aprouver, no momento oportuno.
São João da Cruz
À Vida!
Que me deu meus pais
Que me deu minha esposa
Que me deu minha esposa
Que me deu minha família
Que me deu a vida
Que me deu o Espírito Santo
Que me deu Jesus
A minha Luz!
Que me deu Jesus
A minha Luz!
PARTE I
O CAOS
Longe ecoou o último grito!
O desespero
A desesperança
Era acabado
A desesperança
Era acabado
O Holocausto já se fora
O pouco do que restou
Descortinava no sem fim
Ainda não se distinguiam formas conhecidas
e somente o sol, a prumo, contava a história
Nosso pai juntou seu rebanho e veio para fora
Estávamos estáticos!
Em estado de choque!
Tudo foi tão rápido
Que mal deu para perceber
E tudo acabou numa simples explosão!
Era o fim!...
Tudo eram trevas e tudo era luz
O céu vermelho, a terra fogo
ambos se fundiam
derramando um caudal incandescente
desintegrando a massa
correndo os rios
consumindo os oceanos
Havíamos acordado para a vida
ou morrido para sempre?
Nosso pai se elevava em preces
Seu rosto ardia em brasas
Era difícil distinguirmos sua face
Ante tanta luz
Mas sabíamos que ele ali estava
Mesmo que não o pudéssemos olhar
Aos poucos ele desceu
E uma bola de fogo cruzou o espaço
Saindo da sua boca
Olhávamos aflitos!
-E agora?
Ele aproximou-se de nós e sorriu...
Demonstrava cansaço, mas firmeza
Sua retidão era incomparável
Seu porte era inconfundível
Seu caminhar era leve, harmonioso
Seu caminhar era leve, harmonioso
E suas palavras jorravam tão suaves
Como a leve brisa da noite
E ele nos falou:
Filhos este é o ponto de Inflexão
Aqui tudo acaba
e aqui tudo começa
Aqui tudo era e
aqui tudo será
O que antes era
trevas agora é pura luz
E o que antes
era esperado agora está
Não luteis pelo
que ficou
Mas pelo que pensais que vos é dado
Aproximai-vos
do vosso interior
e descobris a
vossa magnitude
É posto o
escabelo do tempo em vossas mãos...
Afortunados
aqueles que passaram a
este lado
Afortunados
aqueles que, das mãos
do Pai, receberam o seu bastão
Afortunados aqueles que irão a cumprir a sua súplica
Afortunados
aqueles que só no Pai reconhecem a sua sorte
Afortunados
aqueles que não erram o
caminho de volta
Bem vês então
Que o Pai vos
escolheu
Para que vós
sejais o seu testemunho
Agora
Aqui
Deveis saber
Que
A vossa aurora
Não mais será
de sofrimentos
Os vossos
desejos
Não mais serão
da carne
Não mais
nascereis da terra
Mas sim
Do
Sopro Eterno
Vossa cabeça
será curada
De toda a dor
Que habita nas
profundezas da alma
Vosso desejo de
ir
Não mais será a
vossa satisfação pessoal
Partis para o
vosso destino
E revelais a
quem encontrardes
Que o dia da
inflexão passou
E que a
revelação vos foi mostrada
antes mesmo de
tocardes o fio
do meu cabelo
Vossa raiz será
mais profunda
e vosso amanhã
mais doce
Correis por
este mundo afora
Gritando
Louvando a
Minha passagem
Dito isto
Acomodou-se e dormiu
Já era noite
e todos fazíamos a última prece
Orávamos ao Pai
Por nossas faltas
Orávamos ao Pai
Pelas recompensas daquele dia
Orávamos ao Pai
Pelo prazer de vivermos os nossos momentos
E desconhecermos o nosso Devir
O nosso passado
O nosso presente e
O nosso futuro
O nosso futuro
Estavam contidos em um só instante
Que marcava o tempo para a nossa conquista
De tudo o que nos fora concedido
na nossa origem
Queríamos conter todos os limites
Da sua sabedoria
E por isto
Orávamos!
Orávamos!
E o Pai
Que a tudo via
Na sua sabedoria
Sorria...
Sorria...
E o seu sorriso
Derramava mil graças
A cada instante
A cada instante
Em que o seu hálito
Cobria uma passagem no tempo
O Pai sabia
Do nosso tamanho
Do nosso tamanho
E do nosso apego
Da nossa compreensão
E da nossa necessidade
De externar
Com palavras
De externar
Com palavras
os nossos sentimentos
O céu estava claro!
O horizonte cortado de negro
Dava graça e beleza ao cenário montado
Para aquele nosso despertar
O ocaso
Era o contemplar do que se fora
Era o contemplar do que se fora
O passado
Então lembrado
Então lembrado
Se resumia na grande explosão
Renascendo para o mundo
Revivendo para a vida
Recompondo os tempos
Realizando os desejos
Re-glorificando a Glória
Do que virá
Do que virá
No seu corcel branco
Alado
Alado
Rompendo as nuvens num esplendor de luz
Bramindo a sua espada
Para rolar as cabeças dos mais pobres
Traspassar o coração dos mais ricos
Tocar o ombro dos mais puros
Ungir os mais humildes
A felicidade que sentíamos era tamanha
que passamos toda a noite
em contemplação
E assim, passaram-se sete dias e sete noites
E no sétimo dia
nosso pai acordou e reuniu a todos
para relatar os seus sonhos
Meus amados filhos!
Eu estive muito longe
Onde nunca
Nenhum Ser
Pôs sua mão
Nenhum Ser
Pôs sua mão
Viajei
Por caminhos infinitamente longos
Em dimensões desconhecidas
Que formam os Sete Espaços
Dois da Sabedoria e cinco da Razão
Os Dois da Sabedoria
Que Geram o Terceiro
Que é a própria Essência
Do Cinco da Razão
Do Cinco da Razão
O Verbo manifestado
O Reflexo da Trindade contida na Substância
O Dois
Dualismo profundo do Uno
Dualismo profundo do Uno
Que integra-se ao Terceiro
Sua Criação
Seu Estar
Sua Presença Cósmica
Gera o Quarto
O equilíbrio das Formas
A presença permanente da Matéria
No Universo Criado
Cuja duplicação
O Oitavo
O Oitavo
Representa a bipolaridade
O masculino e o feminino
A treva e a luz
Enfim!
Toda a criação que emanou do Uno
Toda a criação que emanou do Uno
E que na sua própria Criação
Transcende no Nono
Para o seu deleite e prazer
Os Cinco Planos da Razão
Juntaram-se aos Dois da Sabedoria
E formaram o Sétimo
A realização plena
Mas também no Uno
Formaram o Sexto
Dos desejos incontidos
E estas são as Uniões Celestiais
Que demonstram a continuidade da Vida
Na perseverança dos Tempos
Em busca do Nada
Nada
Que é a integração
de todos os Espaços Finitos
ao Infinito
São a própria essência do Uno
A síntese do Todo
A Última Morada no Reino da Luz
Onde o Pai vos consumirá
Integrando-os ao seu Ser
No Final dos Tempos
E na minha caminhada finita
Os Infinitos se somavam
A intermináveis Infinitos
E os Infinitos somados
Formavam um imenso abismo
Onde no Vácuo Profundo
Nenhuma luz maculava a Treva
A medida que ali Eu penetrava
Tragado por uma força incomum
Que não só me transportava
Como também!
Me remoía todo o corpo
Me remoía todo o corpo
Era Luz que Eu via
Não a luz comum
Como estamos habituados a ver
Mas a luz que vinha da Luz
Uma luz diferente
Transparente
Azul
Azul
De grande intensidade
E tão concentrada
Que não lhe fugia um único raio
Era como se fosse
Uma nuvem de cristal
Uma nuvem de cristal
E da Treva vinha a Luz
Mas no seu interior mais profundo
A Treva sempre dominava
E quanto mais eu aprofundava
Mais intensa se tornava a Luz
E mais negra era a Treva
No seu profundo Estar
E chegou o instante
Em que a Luz
Era Plena
Total
Era Plena
Total
E a Treva
Já não era mais trevas
Já não era mais trevas
Nem a Luz era luz
Ambas se fundiam
Envolviam todo o espaço
E Eu
Não mais conseguia distinguir as dimensões
Tudo parecia Uno
Tudo era o Todo
Tudo Era
Um forte som penetrou-me os ouvidos
Zumbindo
Zumbindo
E crescia
E Eu Crescia
E quanto mais forte
Maior era meu êxtase
E o torpor tomou o meu corpo!
Eu estava Brisa!
Eu era Aurora!
Eu fluía no Todo!
Eu pertencia ao Nada!
Nem a intensidade da Luz
Nem o Som ensurdecedor
Me incomodavam ou amedrontavam
Simplesmente!
Davam-me uma grande Paz!
Davam-me uma grande Paz!
E vieram odores diversos
Que me provocavam sensações inebriantes
Me colocavam no espaço
Desintegravam o meu todo
E o meu paladar
Se tornava sensível a sabores exóticos
Tudo era confuso
E tudo era perfeito
E a perfeição
Se desfazia em desordem total
E novamente se refazia
Na mais completa harmonia
E Eu senti
No meu íntimo
A Voz!
No meu íntimo
A Voz!
A Voz
Que vinha do mais profundo
Silêncio
Silêncio
E falava ao meu Vazio Estar
"Tudo o que esta diante de vós
É a Ordem que integra o Universo Cósmico
É o antes da Matéria
É a respiração do Eterno
É o Todo da Vida
Nela
O espaço se desintegra e se funde
As formas são moldadas
São diluídas em novas formas
E tudo é concebido
E tudo é Criado
E tudo o que vós conheceis
Na vossa natureza
No vosso plano de vida
No vosso estar consciente
Vem!
Deste inconsciente do vosso sonho
Vem!
Desta Ordem que transforma o Ser
E que repõe no tempo o Estar
Desta Ordem,
Que é a magnitude de todos os vivos
Desta Ordem
Que eleva aos Planos à condição de sentir
O Dínamo do Crescimento
A Essência do Divino
O Complemento da Natureza
A Perfeição do Todo
A Transformação do Eterno
A Pureza da Luz
A sutil Necessidade de Ser Vivo
A Beleza da Morte
O Continuar da Sabedoria
O Estar sempre contido na Matéria até a Luz Plena
E somente a vós
Foi dado o privilégio de conhecerdes
Porque vós rompestes a membrana do vosso ovo
Mas todos os vossos
Ainda estão enclausurados
Ainda deverão passar por outras provações
Até que suas membranas também sejam rompidas
Mesmo assim!
Não verão o que vistes
Pois esta visão
Somente é permitida
A sete Humanos dos sete Globos
E vós sóis o Sétimo Homem
Ninguém mais
Verá o Chaos
E vós!
Que O vistes
Agora devereis vos juntar
Aos vossos irmãos
Para que juntos
Sejais Um
E o vosso Um
Será valorizado diante de todos
Porque todas as Nulidades
Estarão ao vosso lado esquerdo
E assim
Sereis Infinitos
E transformareis a todos em Infinitos
Agora!
Deveis descer
E contar o que vistes
Àqueles que vos escutar
E aquele que receber a vossa palavra
Será salvo do fogo
E habitará ao vosso lado
No Infinito dos Tempos
E o que de vós afastar
será consumido"
O DESPERTAR
Filhinhos!
Hoje estamos todos aqui reunidos
E nada levará, ou tirara de vós
Esta conquista.
A Chama está ardendo dentro do vosso peito
E a pira é o vosso próprio Ser
Segui adiante
Vossa vocação é a luta
Despertai para os teus Deus!
Conhecer a Verdade
É fundamental
para que possais prosseguir
Olhai a vossa frente
E reconheçais a presença permanente do Pai
O que vos Criou e O que vos Gerou!
Pois O que vos Criou
É o mesmo que vos Gerou
No útero da Eternidade
E o Criar
E o Gerar
E o Gerar
Foram Graças saídas das mãos de quem vos tem
O nosso Pai Divino
Ele que sempre Foi!
É!
E Será!
E sua figura
Nunca poderá ser questionada
Nem absorvida por vossa consciência!
E vossa inteligência
Nunca estará ao alcance da sua Grandeza!
E vossa sabedoria
Jamais será testada
pois somente a vós
caberá passar para o outro Tempo!
Não vês que fostes o eleito?
Não vês que chegastes
No princípio
No princípio
Do vosso caminho
Do caminho da Redenção?
Não vês que agora estás
Mais perto de conhecerdes
Aquele que vos deu a Dor
E que vos da a glória e o prazer?
Saibais que somente
A vós
É dado este privilégio
A vós
É dado este privilégio
E tal privilégio
Nunca mais será seguido
Se não o tocares com o Coração
Abre a vossa Casa
Para que nela possa penetrar a Luz!
Espalha no vosso caminho
Todas as bênçãos que recebestes!
Olha para trás e verás
Quanto vos custou a vitória!
Ressurge para a vossa estrada espiritual
Queima a vossa origem
Implode vosso antes
E eclodas num espaço permanente
O frescor e a harmonia
Com todo o Tudo
Que vos acompanha.
Que vos acompanha.
Olha!
Olha como é belo o vosso Ser!
Ele resplandece no vosso Ter
E é o vosso Ter
Que agora ressurge
Como a mais preciosa dádiva de Deus!
Porque para vós
Ter
É simplesmente
Possuir o dom de estar presente
Nesta hora de súplicas e de glórias
Naquele instante nosso pai era a
Testemunha
Testemunha
Que nos conduzia ao
Luzeiro
Luzeiro
E não mais eram dele as palavras que ouvíamos
Como simples canal ele vomitava fogo
E a chama queimava todo o nosso íntimo
E destruía nossas entranhas
Consumindo nosso ser
Recolhia nosso estar
A um outro ponto desconhecido para o nosso ter
mas pleno como nosso saber
Ele era simplesmente
O canal!
O instrumento!
O silêncio!
A mensagem de vida!
E a Graça nos cobriu
E a Paz nos tomou
E todos ouviram
"A Paz que vos gera
É a Paz que sempre esteve ao vosso lado
Escutai esta Paz!
Ela vos dá toda a origem
Eternizai ai
Os vossos frutos
Os vossos acordes
Os vossos planos
Os vossos desejos
De sempre ser
Harmonia do conjunto
Pois estareis de agora em diante
Na Minha presença
Estais bem próximo de realizardes vossos sonhos
Não serão sonhos oníricos
Mas sonhos que vos darão
A simplicidade
A leveza do vosso estar
O instante da vossa presunção
Sonhos que vos mostrarão
A Humildade desta Casa
A Humildade deste Plano
A Humildade que será a marca
de todos os viventes.
Mostrais para Mim que podeis
Muito sofrestes
E muito sofrereis
Mas este sofrimento
Somente vos elevará em vossas causas
Não são mais que provações
Para que possais Me ver
Assim é o viver
Assim é a vossa glória
Assim é a vossa presença
neste tempo
De renuncia e de solidão
para que possais conhecer
o Todo e o Sempre
Vossas causas
agora serão também as minhas Causas
a minha condição de Estar
o meu Porvir
Pois Eu venho
Mas estou
Eu cheguei
Mas virei
Incontido
Enclausurado
Desperto
Adormecido
Violento
Manso
Fogo
Água
Forte
Frágil
Sempre Amor
Capaz de tudo destruir
E reconstruir num olhar
Capaz de abrandar as águas
Corromper o fogo
Fustigar os ventos
Tolher a terra
Eu estou na vossa presença
Estou na Luz
Que emanará do fundo do vosso coração
E o vosso coração
Estará em plena sintonia com o meu Silêncio
E a minha Voz
Tocará permanentemente
Como sinos
Repicando
Colorindo a canção da brisa
E anunciando que agora
Todos estão libertos
Estão livres
Para prosseguirem
Na mais profunda contestação
Do louvor
A tudo o que foi concluído
A moral é para sempre queimada
Dos atos
Que vos darão a existência
O Espírito reinou sobre as trevas
e a Lei será cumprida
E agora
Eu me elevo no meio de vós
E vos concedo a minha Bênção
E a minha Bênção
Será, para vós, o eterno alimento
Pois não mais sentireis a falta do que comer
Se praticardes a minha Bênção
Não mais sentireis a faltado que vestir
Se operardes a minha Bênção
Não mais jogareis aos porcos a minha Vida
Se estiverdes permanentemente
Integrados à minha Bênção
Eu vos abençoo
Mas também
Amaldiçoo tudo o que de vós separar
para fugir ao destino final."
O Silêncio bramiu sua Voz
No nosso inconsciente
E nosso pai
Deleitava-se
Deleitava-se
Com a maravilha de estar receptivo
Gozava um gozo pleno de satisfação
E prosseguia
Na sua palavra
Com o que lhe vinha do coração
Despertai !
Orai !
Orai por todos os que vos seguiram
E que estão ao vosso lado
Eles precisam menos que vós
Porque pouco sabem
Mas a vossa presença
Poderá romper os grilhões
De tantos que ainda estão por vir
E vossa raça
Será sempre composta
De elementos
Capazes de vos trazer
O mel do favo da alegria
O mel do doce olhar da sabedoria
O mel dos lábios
d'Aquela que vos beijou e vos colocou no seio
E ele brilhou!
Seu corpo era brisa
Era luz
Era beleza
E no seu íntimo
Repicou a Voz que veio do Espaço
"Eu vos criei e vos dou
Eu vos gerei
e vos tomo."
A ENTREGA
O dia era lindo!
As gotas de orvalho cobriam toda a vegetação
A bruma, antes densa, aos poucos se dissipava
Dando lugar ao esplendor da luz
Culminando como cântico do despertar
Que a passarada
Em harmonia
Em harmonia
Saldava toda a criação
Tudo era lento
Tudo era sublime
Tudo era frescor
Os pequenos insetos
Na busca do néctar
Na busca do néctar
Transportavam o polem aos óvulos
As gotas de orvalho deslizavam nas flores
E o perfume contaminava a leve brisa
Envolvendo todo o ambiente naquela fragrância
Que despertava o nosso interior
Para a beleza da aurora
Nosso pai
solitário
saia para orar
Ele queria estar só
E a sua solidão
Era a própria presença da Verdade
Que alimentava o seu desejo
De prosseguir
Na busca da Sabedoria
E só
Diante do Pai ele orou
Diante do Pai ele orou
Mais um dia
Mais um instante da minha vida
Que eu parei
E é neste instante
Que eu procuro meu princípio
E vejo
Que estou evoluindo
E sei
Que estou sintetizando tudo
O que eu sempre passei
Porque somente assim
Eu posso continuar a tua presença
Ó Pai!
Ó Pai!
A tua estada dentro do meu coração
E eu sei também
Que tu sempre operarás teus milagres
Através de mim
E que Tu me usas
Para colocar tuas palavras
Mas eu sempre espero
Que me mostres o longo caminho
Que eu hei de vencer
Por que eu sei que Tu
me colocas
Sim Pai!
Sim Pai!
Tudo o que eu tenho que sofrer
E eu sei
Ó Pai!
Ó Pai!
Que se Tu assim o fazes
É porque Tu me amas
E queres sempre o melhor para mim
Pai!
Pratica em mim tua Lei
Pai!
Colhe os meus frutos bons e maduros
E recupera aqueles
Que ainda estão verdes
Ou por vir
E não têm chances
Pai!
Eu te louvo e agradeço
Porque me colocas sempre no caminho
Mesmo quando eu dele me desvio tanto
E é nesta fé
Que eu me alimento
Para que um dia
Tua Glória
Possa ser plena no meio dos homens
Assim seja!
Pois assim Tu queres
Pois assim Tu queres
Rouba minha solidão!
Cumpre teus Prezares!
Coloca tua Mão de Alegria no meu Ser!
Recupera minha morte!
Olha para o fundo do meu estar
E me deixa tomar do teu Cálice
E me deixa sorver tua Dor
E me deixa encontrar o teu Caminho
Para que eu possa sentir
Dentro de mim
Só tua Vida
Me trás de volta
Sempre que Tu quiseres
Me liberta, neste mundo, todos os teus seres
E me faz digno da Tua conduta
Me eleva deste solo
Em teus braços
Me cai dentro do meu profundo saber
Para que assim
Eu possa te encontrar
E te mostrar a vida
E os Vivos
Eu te quero
Eu te preciso
Eu te possuo
Eu te amo
E o meu amor
É para sempre a flor
A pequenina flor
Que cresce com a luz
E que olha sempre para o sol
Eu cumpro no teu altar
E elevo minhas súplicas
E trago o meu sangue
E sorvo o meu suor
E todas as gotas do teu Sangue
Serão por mim consumidas
Na síntese do meu viver
Eu te quero
Eu te preciso
E sei que estou crescendo dentro de mim
No mais lindo
No mais profundo pensar
Me plenifica ó Pai da tua Presença
Me atinge ó Pai a tua Mensagem
Me trás a tua Sabedoria
Me torna o teu Canal
Me eleva no teu Sopro
Para que a brisa do teu Ser
Me torne a colocar aonde quer que Tu saibas
E que eu possa acompanhar sempre
A tua Luz
Pai!
Eu me entrego a Ti...
O ESTAR
Naquele instante
Estávamos a procura do nosso ponto
O ponto que identificaria o nosso estar
O estar naquele momento
Que possibilitaria na meditação
Que possibilitaria na meditação
Uma fácil assimilação
De tudo o que nosso pai nos ensinava
E os seus ensinamentos
Seriam a base para a nossa procura!
E as suas palavras
seriam o refrão da nossa conduta!
E foi assim
Que ele nos viu e ele nos falou
E o seu falar
Nos colocou todos os desejos
Que tínhamos de conhecer
O tudo e
O Todo
O tudo e
O Todo
E a sua sabedoria
Nos colocou definitivamente no nosso estar
Filhos!
Vós estais hoje perpetuando o Ser
O Ser que cresce rumo ao Infinito
E vossa estada
Nesta Ronda
É vossa ressurreição
Se aqui estás
É porque ressuscitastes dos mortos
Os mortos ficaram para trás
E somente na eternidade serão lembrados
Vós porém
Estareis prosseguindo no vosso caminho
Até o dia da Reconciliação
E a fé que vos guiará
Será sempre a fé
Para a qual fostes preparados
E estás convicto
Não abandoneis vossa fé
Somente por achardes
que aqueles
Que estão ao vosso lado
Que estão ao vosso lado
Poderão ser mais que vós
Isto não é agradável ao Senhor
E somente vos levará por caminhos estranhos
Procurais sim!
Elevar-vos somente
Ao desejo do Espírito Santo!
Ele vos encaminhará
E vos mostrará os segundos
Que vos separam no tempo
Ao qual sempre estareis seguindo
O Eterno Tempo do Estar
E no vosso estar
Ele vos colocara os sinais
Que vos transportara no caminho dos Dons
E vos fará o Canal dentre os homens
Por onde fluirá o Rio de Água Viva
A Luz do Caminho
Plantará em vós a Videira
E vos colocará
No rebanho do Bom Pastor
No rebanho do Bom Pastor
Ao lado do Cordeiro
Vós!
No contesto do Universo
Sempre fostes a Obra Prima do Pai
E sempre sereis lembrado como tal
Quando o Tudo era Nada
Vós também já eras
E estavas latente na semente
Que evoluiria para o vosso Eu eterno
E vós sempre fostes o que és hoje
E sempre será amanhã
E depois
E sempre
Não deveis vos perturbar
Se agora estás confinado nesta forma
Que foi definida
Para este vosso viver
Nem vos condicionar a encontrar
Vossas formas anteriores e futuras
Elas serão sempre a vossa necessidade
No instante da vossa procura
Sim!
Porque vossa procura
Será sempre o marco
Para a vossa evolução espiritual
Para a vossa evolução espiritual
E vós deveis ter a vossa espera
As formas
Que vos possibilitarão esta evolução
Não uma evolução temporal como já conheceis!
Tudo neste Plano Divino é atemporal
Não uma evolução formal como já conheceis!
Tudo neste Plano Divino é etéreo
Não uma evolução material como já conheceis!
Tudo neste Plano Divino é espiritual
Não uma evolução mental como já conheceis!
Tudo neste Plano Divino é Luz
Não adianta vos preocupardes
Com o que fostes ontem
E o que sereis amanhã
Esta preocupação própria do homem
Não existe no Plano Divino
Aqui, Tudo É!
Não deveis vos preocupar como evoluir
E o que precisareis para a vossa evolução
Ou o que será melhor para ela
Vossa evolução terá seu tempo
E sempre estará a vossa espera
No vosso caminho
Não no caminho que
Ou estas acostumado
Estes já passastes muitas vezes
E nunca observastes
Que eles foram feitos
Que eles foram feitos
Para o vosso agora
No Caminho que vos é colocado
No Caminho que vos é colocado
Pelo Espírito Santo
O qual deveis reconhecer
Pelo Sinal
Que tocará a vossa intimidade
Como vosso desejo
E a vossa necessidade
Ele sempre estará
No tempo certo para o vosso acordar
Tratai de reconhece-lo!
Sua chegada não pode ser
Nem adiantada
Nem atrasada
Nem atrasada
Cumpri o vosso tempo
Para que o Sinal
Sela acréscimo no vosso caminho
Sela acréscimo no vosso caminho
Vossa evolução depende de vós
Depende tão somente
Do que colocardes
Como vossos desejos
E vossos prezares
E se vossos desejos não corromperem
Então ficareis certos
Que vossa evolução se fará plena
Pois vossos prazeres
Agradarão ao Senhor
Agradarão ao Senhor
Sei, que agora perguntais:
Por que todo este viver
E todo este tempo
Se poderíamos estar sempre na Casa do Pai?
E eu vos respondo:
É o PAI que assim o quis
Para que possais um dia
Sentir os vossos desejos
E poderdes provar dos prezares
Que também são obras
Da sua Grande Criação
Para que possais caminhar nos vossos caminhos
Da sua Grande Criação
Para que possais caminhar nos vossos caminhos
E conhecerdes os caminhos que vos são colocados
Estes são os verdadeiros caminhos do Criador
Conduzindo, à Luz, a sua Criação
E para que possais também
Saber da Verdade
Que vos limita os cânticos da vida
E vos separa
Com todas as honras
Com todas as honras
De todas as formas criadas
E vos dá na Criação
O lugar de honra e a posição de humildade
Descobri pois estas verdades
E contemplai a face do Cristo Ressuscitado
Resplandecendo em Luz
A Criação é permanente e eterna
E todos os dias
o Pai a transforma
Para seu deleite
E vós sóis uma parte desta transformação
Vós sóis dinâmicos no vosso viver
E podeis optar
E saber da vossa morte
E é por este motivo
Que viveis no tempo finito
E nunca podereis compreender
O Tempo Infinito
Que sempre É.
Que sempre É.
Somente quando compreenderdes
A vossa Morte
É que podereis saber do vosso viver
E da vossa Vida
Somente quando na Morte souberdes
Buscar a Vida
É que conhecereis o Infinito
Pensais que viveis várias vidas
Não!
Somente uma vos foi dada
Somente uma vos foi dada
E desta Vida
É que deveis tirar todos os proveitos
Pois ela vos elevará
Ou vos consumirá
E para tirardes estes proveitos
O Pai vos coloca
Toda a transformação das formas
Toda a evolução das mutações
Toda a metamorfose dos vossos finitos
E não é porque aqui estás
Que deveis procurar o vosso Infinito
Mas porque esta é a vossa missão
A vossa Grande Missão
Para que no Dia da Integração
Possais cumprir os Mandamentos
RONDA
RONDA
Pai!
Quantas vezes deveremos nascer
E quantas vezes deveremos morrer
Para chegarmos à Reconciliação?
Se eu vos disser uma vez
Por toda a eternidade
Por toda a eternidade
Não acreditareis
Pois está longe da vossa compreensão
A Síntese é complexa
Para o vosso raciocínio
Para o vosso raciocínio
O singular é a causa do plural
Mas o plural
Não gera a singularidade das causas
Eu vos afirmo que nascereis e morrereis
Somente uma vez
Por toda a eternidade
Somente uma vez
Por toda a eternidade
Pois somente uma vez fostes Criado
E assim permanecereis
Para perpetuar a Obra do Criador
A Vida
Vos foi concedida
No momento da vossa afirmação como Ser
Do Reflexo que gera a vossa semente
Do Hálito que transpira no vosso sopro
Da Brisa que ocupou o vosso espaço
Do Fogo que corrompeu a vossa escuridão
Da água que limpa o vosso estar
E é esta Vida
Que permanecera por toda a vossa eternidade
E por todas as vossas mutações
Mas esta Vida que recebestes
Veio latente
E aos poucos
Foi crescendo e se transformando
Até chegar ao que hoje és
E este tempo de evolução
Foi para o vosso Ser muito longo
Mesmo representando no eterno tempo do viver
Algumas frações desprezíveis
A vossa evolução é lenta
Passastes por várias formas
Que aos poucos foram se transformando
Condicionando-se aos meios
E as vossas necessidades
Não só as físicas
Como principalmente
As vossas necessidades espirituais
E para cada evolução ou estágio
Tens um Tempo
O Tempo Plasmático
O Tempo Hibernal
O Tempo Animal
O Tempo Mental
O Tempo Mental
O Tempo Racional
O Tempo Etéreo
O Tempo Espiritual
Sete Tempos
Que no atemporal são unos
Que no atemporal são unos
Mas no tempo de viver
Representam a vossa condição de estar
A vossa presença no infinito
Do vosso crescer
Tempos que são para vós
A roupagem da vossa vida
E que permanecem no vosso todo
Emergindo sempre que o vosso estar
Necessita de uma muda
No atemporal é assim que viveis
Para que no temporal
Possais repercutir em vossas formas
E dar ao vosso ser
A presença necessária do porvir
De um amanhã sem lutas e sem deserção
E para que possais melhor conhecer
Nominarei o vosso tempo
E vos darei vossa condição
Que esta condição atemporal
Não domine o vosso ser
Mas mantenha alerto
O vosso desejo de prosseguir
Na caminhada que se coloca a vossa frente
Para que nos dias de provações
E nos dias de combates
Ou até nos momentos de paz
Ou extrema euforia
Saibais como conduzir o vosso passo
O Tempo Plasmático
É a própria essência
A semente Humana que se veste de Vida
A floração da matéria
O Tempo Hibernal
É a evolução do Ser
Que toma forma
E transforma sua Substância
Numa mutação constante e permanente
Até o dia em que eclodirá como homem
O Tempo Animal
É a afirmação do Ser Humano
Como co-existente do meio em que vive
E que domina
E sua presença
transforma o seu estar
Pela sua própria necessidade de se auto afirmar
Ou conduzir o curso da sua história
O Tempo Mental
É a afirmação do homem como Ser Pensante
E que sabe que pensa
Mas somente as emoções e desejos
Permeiam e habitam a sua mente
O Tempo Racional
A luz da inteligência toma toda a mente humana
Ele agora pode optar
E escolher os seus caminhos,
E transformar e dar formas,
E amar e odiar,
E pedir e dar,
E ter e Ser.
O Tempo Etéreo
É a própria migração do Ser
Para o Tempo Espiritual
Que é o Reflexo da presença do Criador
E o Caminho para a integração
No Meio Divino
Esta é a vossa Ronda!
As mutações se sucederão
A fim de garantir o Dínamo
Que alimenta o crescimento da Vida
E vossa Vida então
Será plena
Quando pleno for vosso estar
No momento do vosso desejo de Ser
Mas nunca procureis fazer da vossa Vida
Objeto de sonhos e prezares
Pois os sonhos
São a violação da presença
Neste infinito
Que deveis cumprir
E estes não servem para a vossa passagem
Creiais pois
Que una é a vossa Vida
Mesmo apresentando vários aspectos
E são estas manifestações
Que pensais estar vivendo
Que confunde o vosso estar permanente
Vossa Vida
É um crescimento constante na eternidade
Vossa Vida
É a presença una no vosso estar
E se assim ficares
E se assim permaneceres
Sempre vigilantes
Para que nunca possais progredir
Sem antes cumprirdes
O estágio dos Mandamentos
Então tereis uma vida
Cheia de prazer e harmonia
Com o Sempre
PARTE II
TEMPO PLASMÁTICO
Houve o tempo em que tudo era o Todo
E o Todo era o Nada
Este foi o Tempo da Inflexão
O Vazio da Respiração
Divina
Nele o Pleno era Uno
E a sua unicidade se bastava
Mas tudo já era potencialmente
Pois tudo já fora
E o Nada preenchia todos os vazios
E era Pleno na sua Dinâmica
O Fogo irrompeu do Espaço sem limites
E despertou a Semente
Que permanecia potencialmente Vida
Hibernando
À espera
Do Sopro
Do Sopro
Do Calor
Da Umidade
Que emanam da Existência Eterna
E a plantou no Útero do Universo
E a Semente da Verdade gerou mil por um
E no Plasma
Ficou contido a Semente da Vida
Que hibernou
Por sete Auroras e sete Ocasos
A procura de uma forma
Nesta hibernação
A Semente gerou Círculos
Que de tempos em tempos
Mudaram de direção
Como fecunda era toda a existência
Tudo se multiplicou
e se expandiu até a explosão da Bolha
Rompido o Ovo
Espalhou-se o líquido por todo o espaço
E isto representava a Vida
Em tudo o que fora feito
E a Raiz de tudo o que seria
Mas se Vida existia
Somente esta era manifesta
Sem contudo nada mais apresentar
Que mostrasse a razão do Ser
E prosseguiam os tempos
Com a multiplicação
Operando simplesmente
Na divisão da substância
Que se auto fecundava
O plasma
Ocupava toda a região do Universo
E sua existência era una com o Todo
E nele se manifestavam seus Reflexos
E este grande Oceano de Vida
Era perfeitamente homogêneo
Harmonioso nos seus aspectos
Completo na sua essência
E suas gotas
Já possuíam identidade própria
E cada uma
Já era o seu todo
Mas as gotas
Não tinham a consciência
De que estavam
Ou representavam
Mas suas manifestações
Já demonstravam perfeitamente
O seu fim
Através dos Reflexos contidos
Emanados da Fonte
E no Fogo da única manifestação
Fluíram todos os seres
Sem que para tanto fosse demonstrado
Que seriam gerados na perfeição
O Vácuo
Não mais era o abismo da Sabedoria
Mas o Oceano da Existência
e da Vida
E os seus momentos
No ponto de inflexão
Bastaram para que fossem transmutadas
Todas as existências
Do Todo na sua unicidade
A nova aurora rompia após um ocaso profundo
Onde muitos ficaram
Para sempre
Integrados
Para sempre
Integrados
E esta
Era na Infinita Existência
Mais uma Ronda d'Aquele
Que viu nascer todos os nascidos
Do sangue e da carne
E que gerou os nascidos
Da água e da luz
O círculo havia se completado
A paz havia se restabelecido
A unicidade havia se restaurado
E tudo isto
Para representar mais um Sopro Divino
Mais um alento material
Mais uma volta da existência no sem fim
O Plasma já estava!
E como tal
Representava a primeira Ronda
Das sete
Das sete
Nas sete manifestações do homem
Em cada uma delas
No Cosmos
E com ele
Tudo o que lhe seria dado
Para se servir
Durante toda a sua existência
Ora!
Tudo se passou para que vós
Que hoje estás no julgamento da vossa passagem
Possais conhecer
Que vossa ronda está por findar
E que vossa existência está por concluir
E que vossa integração se fará
A medida em que sejais completo
Nos Reflexos
Que já trouxestes por todo o vosso tempo
Estes Reflexos são vossos
E estão em vossas entranhas
No vosso útero
Latente
Pedindo a Luz do Fogo Celeste
Que o desperte
Para o início da sua longa
E breve caminhada
Somente a vós pertencem
Somente a vós cabe conduzi-los
Na Luz da Sabedoria
Que se formou
Para montar o dinâmico desenho
Dos Círculos concêntrico
E cujo centro
Esta no seio do Infinito
O vosso legado é de Paz
Mas também é de desespero
Para que possa crescer
O que está contido dentro do vosso coração
E que a Verdade
Que sempre explode
Quando as mentes estão adormecidas
Possa mostrar a sua legitimidade
No momento em que mais um dia se forma
E mais um dia se cumpre
Da longa caminhada
Em busca do complemento
Que ora colocamos em vossas mãos
O vosso Plasma continua fluindo
E fluirá sempre como fluía na origem
Até os tempos findos
E O que vos garante a Vida
É O que vos une ao Oceano
Não vos perturbais em identifica-lo
Apenas acreditais na sua existência
Pois isto basta
Para que sejais recompensado
Com a renovação permanente
Do vosso ar e da vossa luz
Retrocedei na escala da vossa eternidade
E procurais os mais recônditos lugares
Do vosso ser
Para que assim fazendo
Possais melhor compreender
O vosso estado
E o vosso estar
Rememoreis as vossas súplicas
Para que assim possais relembrar sempre
Os vossos desígnios
E tudo o que vos foi colocado
E que tivestes nas mãos
Para assim também
Romperdes a vossa casca
Que vos aprisiona neste espaço limitado
Que é a vossa casa
Neste breve momento
Neste breve momento
Que agora passas
E que tens que cumprir
Todas estas incertezas
Vos farão para sempre
Filhos da Verdade
E vos colocarão sempre
À frente de todos os desejos do Pai
Para que se frutifiquem em vós
Suas manifestações
E que suas estadas entre vós
E nos vossos tempos
Sirvam para conduzir-vos
Aos caminhos do Luzeiro
Ele permanece sempre brilhando
E seu fogo nunca falta
E sua origem
Está na limalha de ferro que fundiu
Quando tudo ainda era ocaso
Olha para o eterno que se eternizou
Olha para a dor que restaurou as origens
Olha para o suave e terno afago da mãe no dia da provação
Olha para a luz que restou do cativeiro dos mortos
Olha para os véus que se recolheram para encobrir as lágrimas
Olha para a eclosão do fogo da verdade
E agora obreiro!
Que conduz a obra da vossa geração
Faz o vosso recanto
E coloca a vossa pá na paz de muitos
Que a vós virão
E que para sempre
Serão vossas ovelhas
Serão vossas ovelhas
Praticai esta Sabedoria
E colocai como prioridade do vosso Ser
Esta oportunidade que tens
No vosso crescimento
Para que assim possais conhecerdes
Tudo o que vos dignifica
TEMPO HIBERNAL
O pulsar era lento
As formas se compunham harmoniosamente
A cada momento
A cada instante
A cada estar
Elas estavam conscientes de sua permanência
E sabiam
Que ali estariam até a nova aurora
Aos poucos a forma se transforma
Não é mais a simples semente
Que está
Que está
Mas condições
Que são criadas para o surgimento
De uma nova esperança
O que há pouco era semente
E que já toma forma
Ainda procura sua colocação no seu tempo
E ainda procura sua definição no espaço
Grandes eram as novas semente
Que da pequenina inicial
Formavam um nodal
E se encaminhavam para a partida
E todas elas evoluíam na hélice do tempo
E cada uma escolhia a sua forma definitiva
O plasma
Desintegrando sua plasticidade
Evoluía em formas
E deixava tudo o que já era definido
Em condições
De jogar sua existência para frente
O fogo dominava no horizonte inicial
E a água no horizonte final
E ambos não se aproximavam
Antes de uma revolução
Vários globos foram se formando
E destes
Varias formas foram surgindo
E definindo sua própria natureza
E os pequenos globos se rompiam
E destes outros surgiam
E novamente rompiam
E novamente rompiam
Era assim que rondava
A primavera formal do Espírito!
Vagando no espaço
E dando a cada um
Sua ordem
Seu ponto
Seu momento de eclodir
E transmutar para o novo ser
Era a grande hibernação
Que remontava aos tempos
E que dava a todas aquelas criaturas
Seus desejos
E suas condições de vida
A forma evoluía a cada instante
Nada se podia comparar ao momento anterior
Mas no temporal
A evolução se fazia lentamente
E para que tudo ficasse definido
A corrente do fluxo uterino se formou
E se desfez
Tantas vezes quantas foram necessárias
Por vezes vinha lenta e uniforme
E novamente mudava seu curso
Para a completa reorientação
De tudo o que de si fundia
O útero
Há muito estava aberto
E a mãe libertava a sua dor
E sofria novos desejos
Para que em outras partes
Se concretizassem suas necessidades
Esta era a própria Dinâmica
No exercício da Criação!
E tudo foi evoluindo
E tomando seu próprio caminho
Mas antes que fosse definitivo
O crescimento na semente
O homem ainda se mostrava como mera Sabedoria
Simplesmente hibernava
Contido em sua forma
Sem nada saber
Sem nada poder
E assim ficou durante um longo tempo
Até que no final da sua terceira volta
No círculo da grande espiral
Que reorientava o seu fluxo
Acordou para o seu estar
Definiu sua forma
Conheceu seu corpo
Tomou contato com todas as suas partes
E partiu para a sua primeira concepção
E concebeu a sua dor
E na dor
Conheceu a sua natureza
E ficou consciente da sua presença
Mas na dor também
Viu pensar suas necessidades
Viu pensar suas necessidades
E viu nascer suas súplicas
E conheceu sua morte
Nada lhe falava
Nada lhe comunicava
Nada lhe fazia sentir
Que aquele instante sublime
Que marcava sua presença
Diante de toda a eternidade
Onde se definia o seu final hibernal
Onde acordava a sua verdade
Era para ele seu maior momento de prazer
Ele
Que fora uno com toda a criação
Agora era parte desta mesma criação
Que evoluíra substancialmente
E que marcava um tempo
Para cada um dos seus
E que mostrava somente ao homem
A dose da sua presença
E ele
Que fora uno com toda a criação
Agora não mais era só
Ele mesmo se transformara em dois
E como dois
Podiam definir o
Seu terceiro
Podiam definir o
Seu terceiro
E formar a sua própria trindade
Ele estava excelso!
Ele se encontrava com a sua sabedoria!
Ele permeava os seus fluidos!
E deixava no seu lago
Todos os resíduos do seu passado
Sem que para isto fosse necessário
Tocar sequer sua capa
E o Pai
Sorrindo
Sorrindo
Viu tudo como estava feito
E sentiu maior prazer
Era o êxtase da Criação
Contemplada pelo seu Criador
Que na sua plenitude
Derramava o seu Amor
Por todo o vazio
E ingressava mais uma vez
No estágio da passagem
No templo da indefinição
No murmúrio do prazer
Na glória da conquista
No esplendor da satisfação
E pleno da sua Plenitude
Repousou!
E recomeçou por nominar toda a sua Criação
Dando a cada um
Sua personalidade
Sua personalidade
E sua condição de sabedoria
E primeiro Ele nominou a Treva
E dela fez uso
Para explodir toda a Criação em Luz
E Treva e Luz se tornaram pares
Em seguida a Água
E do seu interior eclodiu o Fogo
E logo ambos tornaram-se pares
Os dois pares
Sublimados pelo Criador
Uniram seus elementos
E surgiu a Substância
E também ai constituiu-se a trindade
E também ai constituiu-se a trindade
Finalmente o Pai Criador
ungido de toda a Sabedoria
Quis ter suas Crias unidas
E para a coexistência una
Das duas trindades
Fez surgir a Natureza
E criou à sua própria semelhança
A terceira trindade
O Pai era pleno de sua Sabedoria
E deu finalmente à sua criação
Na sétima hora do primeiro dia
A dinâmica
E repousou
Para ressurgir após a inflexão
Era a primeira inflexão
Após o seu primeiro acordar
Ora filhos
Isto se deu para que vós
Que eras simplesmente estar
Para que pudésseis
Naquele momento
Naquele momento
Passar para vosso segundo ciclo
Mesmo sem perceberdes
Que ali já representavas
Todas as criaturas nominadas por Deus
Isto se passou para que vós
Que vinhas do vosso nascer
E da vossa concepção
Do vosso progredir plasmático
Para que pudésseis conhecer
Vossas formas
Vossas formas
E vossa dinâmica
Vossa forma
Que para sempre seria seguida
Com a qual terias que contar
Para o vosso crescimento rumo a liberdade
Vós fostes Plasma
E agora és definitivamente Forma
Vós fluías no caudal do rio celeste
E agora sóis substância
Que participa dos eventos da Sabedoria
Vós eras o desejo no saber
E agora sóis o saber dos desejos
Integrai-vos portanto ao vosso tempo
E elevais ao Pai
Que vos deu todas as formas
E todas as criações
As vossas mãos
Para que Ele as possa medir
E formar a vossa medida
Nosso pai estava sentado sobre uma pedra
E se deixava tomar pelo gozo do relato que nos fazia
Mas a qualquer movimento da natureza
Ele parava e somente retomava a palavra
Após contemplar com carinho
E com mansidão participar daqueles momentos
Que dizia ser a própria presença de Deus
Era o homem
A natureza e Deus
A natureza e Deus
compartilhando da mesma pureza
da mesma sublime e incontida
explosão de amor?
Vedes o exemplo deste momento
Em que se funde o aqui e o agora
Com o Eterno
E onde Criador e criatura
Harmonizam suas canções
E transformam suas formas
Na constante busca da unidade
Cai no vosso próprio prazer
De estar gozando
Do tudo o que vos foi permitido
Para passardes nos vossos caminhos
Criais vosso ser
Sublimai vosso corpo
Elevai vossa alma
Para que no sempre
Possais cumprir todos os vossos passados
Vosso futuro de glórias virá tão cedo
Que não o reconhecereis
Estareis mais preocupado
Com o vosso estar
Mas vinde a mim
E eu vos relatarei vosso momento
E vos darei a pista para o vosso passar
Vós tendes a forma
E assim fostes feito
Para que o vosso tempo vos consumisse
Deixai-vos consumir por vosso tempo
E após vossa passagem
Vosso fogo não mais corrompera a água
Nem vossa água acalmara o vosso fogo
Cobri o anônimo no pano da verdade
Onde se esconde vossos carinhos
E exaltai a vossa sabedoria
Na necessidade de sempre estar
Seguindo o vosso fruto
Na necessidade de sempre estar
Seguindo o vosso fruto
Vosso caminho é o do querer
É o do querer estar convosco
O vosso outro lado
E de estar em vós
Toda a nossa paixão
Sede uno com o Sempre
E somareis todas as vossas vitórias
Para que possais repercutir
No estrondo da passagem no Tempo
TEMPO ANIMAL
Vós evoluístes lentamente na vossa substância
Conhecestes vários passados
e soubestes como eram todas as vossas auroras
Agora que tens a Forma
Estas prestes a conhecer do vosso Caminho
O vosso Caminho
Revestiu-se durante muito tempo
De incapacidade
Pois que assim quis o nosso Salvador que fosse
Vossa incapacidade física
Vossa incapacidade física
Nunca foi vossa incapacidade espiritual
Estavas inerte
Mas vossa aparência era de quem produzia
Cumpristes várias etapas
Fostes várias vezes testados
Para chegar ao que hoje és
E se assim foi
é porque o Pai
Que vos olha
Que vos olha
Assim o quis
Louva o PAI pela vossa presença
E pela graça de serdes sempre o eleito
E se eleito fostes
deveis saber então
Que vossa responsabilidade
Perante o Criador
É bem maior
Que a dos vossos irmãos
Que permanecem em seus estágios naturais
A vossa responsabilidade de edificar foi polida
E com esmero colocada sobre a Pedra Angular
Para que assim possais consumir
E concluir todos os vossos destinos
E passar às gerações
Todos os vossos conhecimentos
Para que o vosso futuro
Possa progredir
Em graça diante do Senhor
Por que quereis dominar mais
Do que vos foi permitido?
Por que quereis incluir tudo
O que vos foi dado em vossas posses?
Progredi sim!
Mas somente na certeza
De que
O que estás fazendo
O que estás fazendo
Nada mais é do que o florescer
Da vossa capacidade de gerir
Os vossos destinos
Nunca deveis creditar-vos
Dos caminhos em que estais contidos
E nos quais deveis prosseguir
A vossa oferenda
No altar da Sabedoria
Deve ser repleto de dádivas ao vosso Pai
Que hoje vos olha
E que sempre vos têm
Neste vosso tempo
Conhecestes vossas limitações
E lutastes para suprimir a vossa dor
Mas saibais que a vossa dor
É o caminho da vossa redenção
E que na vossa dor está a vossa criação
Percorreis os estádios do vosso tempo
Como quem percorre um caminho florido
Uma campina bela
Entre frondosas árvores
Entre frondosas árvores
Cujos frutos amadureceram e permaneceram no pé
Correis pelos campos que o Pai vos deu
Olhai a natureza
Onde vos foi permitido pôr as vossas mãos
Como vossa melhor irmã e companheira
Fugi da sombra do abrigo das aves de rapina
Fugi do vento
Que eleva a folhagem
Que eleva a folhagem
Que transforma
Todo o estado em que se encontram
Procurais descobrir
No torvelinho
No torvelinho
Os momentos de satisfação e harmonia
Quando tudo se desintegra
Para novamente se reintegrar
A uma beleza maior
E mais pura
Nosso pai se encheu de Luz
Seu olhar se perdeu no horizonte
Seus lábios eram sorriso
Suas mãos elevadas aos céus eram súplicas
E o Silêncio falava ao nosso Vazio
" Como ontem
Fostes sempre
O maior e o mais forte
O mais nobre e
o mais inteligente
Eras a minha Imagem
Refletida no
existencial
Eras o meu
Desejo
Se exercitando
para o temporal
Estavas
Simplesmente
Marcando os
estágios
Que para vós
Eu desejei
Separei-vos de
todas as minhas Criações
Para que um
dia
Conscientes da
minha presença
Vós possais
coloca-las diante de mim
E Eu possa me
reintegrar
Ao meu
Tesouro
Lavai a ganga
No rio pardo e enlameado
Pois ela
sempre será pura
Como puro sempre
será o vosso coração
Vossa história
sempre foi de vitórias
Vitórias que
somastes
Controlando o
mal que a ilusão vos trouxe
E que traçou a
vossa frente
Vede estas
vitórias
Como minha
presença permanente junto a vós
E concluí que
somente Eu Sou
Tendes uma
missão plena de gozo à vossa frente
Frutificais o
que semeastes
Para que vossa
missão não se faça agreste
Nem vosso
tempo seja consumido
Na poeira do
vosso caminhar
Sóis o mais
forte
Mas também o
mais frágil
Dentre todos
os que aqui coloquei
Para que assim
possais querer sempre crescer
E cumprir os
vossos desígnios"
Agora meus filhos!
Já conheceis o
suficiente
Para que
possais concluir vosso caminho
Em busca do renascer
Em busca do renascer
Já sabeis da
vossa origem
Para que
possais separar o vosso estar
Na presença de
tudo o que vos rodeia
Já conheceis
todos os vossos pontos cardeais
E deveis ir em
busca
Da vossa
realização espiritual
Mas saibais antes
O que se passa
em vosso interior
Para vós é bem
mais importante
Que qualquer
incursão
Às paragens
pelas quais já passastes
No princípio
Vossas formas
foram-se constituindo
E transformando-se lentamente
Já eras
perfeitamente homem
E potencialmente humano
Mas vosso corpo
Ainda era a energia sutil
Ainda era a energia sutil
Não tanto quanto a Espiritual e a Mental
Bem mais densa
No entanto ainda preenchia todos os vazios
E se destacava simplesmente pela Cor
E como vós
Cada Elemento da Natureza
Tinha sua própria Cor
Cada um tinha sua própria vibração
Cada um tinha sua própria vibração
Uns estavam no campo dos sons
Outros das cores
E os mais etéreos e sutis no da luz pura
E a malha
Formada pelos átomos
Formada pelos átomos
Fundia o próprio Cosmos
Num único Todo
Com suas etéreas identidades
Milhões de seres povoavam todo o Universo
E suas moradas
Eram o próprio Espaço Infinito
Ir e vir
Ou o estar
Não obedeciam as leis temporais
O momento era repleto da Essência
E o Ser
Obedecia o próprio desejo do Criador
As Leis eram plenamente reconhecidas
Até o dia em que o homem
Sentiu a necessidade da sua lei
E se separou de tudo
E foi em busca dos seus caminhos
E desejou destacar-se da Natureza profunda
E criou suas formas dentro da sua lei
E o Criador
Viu tudo isto com os olhos de Pai
E chorou
E sorriu
E teve uma profunda Tristeza
E uma profunda Alegria
E permitiu que o filho seguisse
O seu caminho
E ordenou toda a Natureza que o servisse
E a Natureza
O alimentou com fartura
E o vestiu com beleza
E nada fez para frustrar seus desejos
E o homem se fartava e nada construía
E sua Luz
No princípio sutil
No princípio sutil
Se tornava
Mais e mais densa
Mais e mais densa
A medida em que ele involuia na sua forma
E se distanciava dos seus desígnios
O que lhe foi dado com amor
Ele tomou posse
E se viu na lei
E a lei criou limites
Territórios
Grandes áreas
Continentes
Planetas
Universos
Universos
E o homem se viu só
E na sua solidão
Se apossou das suas posses
E usou-as sem limites
E ávido pelo poder
Desejou a posse do seu irmão
E mais e mais!
Sua forma já era densa
E tudo o que ele possuía lhe dava poderes
E por milhões de anos
Ele guerreou
E esqueceu toda a sua origem
E esqueceu toda a sua origem
E o Pai deu-lhe um sinal
Um sinal de dor
Um sinal de dor
E a dor o feriu profundamente
E ele já Não mais possuía
Porque tudo o que lhe foi dado
Ele havia destruido
Foram seis ciclos!
Três vezes ele fora sutil e duas vezes denso
E o Pai o recebia em suas Bênção
E o devolvia a sua primeira forma
Porque ele amava a seus filhos
E devolveu-lhe toda a Natureza
E reuniu todo o Universo
Para festejar a sua chegada
Filhos!
Escutais esta palavra de sabedoria
Porque é dela o vosso futuro
Ouvi o vosso instante
Vede a vossa causa
A promessa do Pai
Se cumpre em vós
E é a vós que Ele entrega o seu Amor
Plantai este Fruto de Amor
Multiplicai esta graça que recebeis
Somai vossos povos e uni vossas raças
Cumpri o desejo do Pai
Não mais tereis outro caminho
Somente podereis escolher a direção
Eu!
Que fui escolhido entre os eleitos
Para vos guiar
Convoco-os a me seguirem ao Paraíso
O vosso Êxodo de Mansidão e de Paz
Será ao fim prometido
De Luz ou de Dor
Eu me divido
E vos guiarei ao que escolherdes
E na Luz
E na Dor
Eu serei a última esperança
Porque assim o Pai o quis
Para recebe-los na Eternidade
Aqueles que são de Luz
Na Luz se farão integrar
E serão batizados com a Vida Eterna
Aqueles que são de Dor
Na Dor serão reintegrados
E batizados com a Água da Vida
Para que possam um dia conhecer a Luz do Amor
Ambos terão a sua integração no Todo
E cada um a seu tempo
Agora
Convoco-os a orar pela vossa cura
Convoco-os a orar pela vossa cura
E pelo vosso perdão
O espaço ficou etéreo
Todos víamos os nossos corpos sutis
Uma intensa Luz
Esmeralda e dourada
Esmeralda e dourada
Fluía do nosso interior
Com uma força incomum
Nosso pai
Transmutado
Radiante
Orava
Pai!
Nada vos pedimos
Porque tudo sabeis
Sabeis das nossas
necessidades
Sabeis dos nossos
desejos
Sabeis das nossas
aflições
Sabeis das nossas
dores
Sabeis dos nossos
sofrimentos
Sabeis das nossas
alegrias
Sabeis dos nossos
prezares
Sabeis das nossas
derrotas
Sabeis das nossas
vitórias
Mesmo o que esta
oculto
No fundo do nosso
coração
Ou aquilo
Que não nos foi dado
a graça de conhecermos
Por sermos ainda tão
pequenos
Vós sabeis
E porque tudo sabeis
Nada vos pedimos!
Por vós fomos criados
A vós pertencemos
Somos vossos Reflexos
Num mundo de tanta
agonia
E se assim é
Queremos ser vossos
instrumentos
Para que fluam em nossos
canais
As vossas Bênçãos
O vosso desejo de Pai
é glorificar o Filho
Para que assim Ele
possa vos glorificar
Podeis curar todos os
nossos males
E se este for o vosso
desejo
Liberta-nos das
nossas dores
Derrama sobre nós
A vossa Graça,
O vosso amor
A vossa Vida
A vossa Saúde
E unge com o vosso
Espírito
Os nossos
sofrimentos
E aplaca com a vossa
Paixão
Os nossos desejos
E liberta com a vossa
Dor
Os nossos limites
E para que vejamos a
vossa Glória
No dia da nossa
Redenção Espiritual
Perdoa os nossos
pecados
Que abra-se o nosso canal a vossa Sabedoria!
TEMPO MENTAL
Estava amanhecendo
Quando saímos a caminhar
Quando saímos a caminhar
Pela praia
Nosso pai à frente
chamava nossa atenção
Sempre que tinha algo de peculiar
Sempre que tinha algo de peculiar
e que nos permitiria uma melhor compreensão
da sua palavra
- Se tendes algo a fazer que o faça!
Nunca esperem respostas do amanhã
É no hoje que estão contidas
As setas do vosso caminho
Caminhem no vosso coração!
Vosso coração deve estar
Em ressonância com o
Coração do que almejais
Para que
Em sintonia
Em sintonia
Possais melhor compreender
E ser compreendido
E assim todo o Universo
será um convosco
e vos ajudará nos vossos fins
Ele falava
Mas seu olhar perdia-se no mar
E seus pensamentos
acompanhavam o sopro do vento
E ele observava
Quando
O mar e o vento
O mar e o vento
Trocavam seus corações
E se acariciavam
E transformavam e davam formas
E cada um sabia de sua canção
Mas ambos comunicavam sua melodia
Sem que a harmonia ferisse
A cada coração
O vento contava as histórias dos pássaros
O mar dos peixes
E nenhum deles parava para contestar o outro
Ambos eram o nascente
E o poente dos seus sonhos
Cada um a sua parte
integrados no Todo
E nosso pai
Que a tudo compreendia
Comparava
E nos fazia perceber
O Eterno
E diante de uma gota d'água
Ou de um grão de areia
Ou até da espuma que corria na praia
Desintegrando-se
No borrifar das ondas
No reflexo do sol
Cintilando como estrelas
Cintilando como estrelas
Ele oscultava os seus corações
E se entregava
E se integrava
E eram estes os seus melhores momentos
Para nos falar
Para nos ensinar
E ele nos ensinava
E ele nos falava
- Muito sutil eram todas as criaturas
quando o sopro
que sopra sempre que invade o outono
nova ressaca sopra
dentro de todas as narinas
E o sutil
Principiava sempre pelo mais etéreo
Na forma e na mente
E cheio de graça
Permanecia no seu desenvolvimento
Por todo um tempo infinitesimal
Até que tudo se tornasse Real
E se transformasse numa nova Ronda
A Mente Divina
Revendo todos os seus passados
Chama o criador e promete novos tempos
E remete a tudo e a todas as novas vidas
E do Divino
Se refazem todas as glórias
E à sua semelhança
Se refletem todos os espelhos
E as suas formas eram por demais severas
Faz uma pausa
olha a onda que rola
e se mantém escutando o vento que sopra
Olha o céu limpo
Um bando de gaivotas
Um bando de gaivotas
pousa logo a nossa frente
Ele continua
Manso a sua fala
Manso a sua fala
- O estalo
O estampido do que cria
Ouve-se longe
Na glória dos céus
E todos os Anjos e Arcanjos
Dão glórias pela nova criação
E seguem cantando os cânticos celestiais
Monta-se o palco
Tudo se reflete na eternidade do ser
Tão logo se criam os quatro elementos
A metamorfose se dá
E se condensam todos os sopros
E se materializam todos os pensamentos
E tudo o que era um projeto
Uma forma incontida
Reduz-se agora
À simples matéria
Ao fogo que tudo abrasa
A água que tudo resfria
Ao vento que transforma as formas
A terra que eleva as dimensões
O homem despertou!
Ele que fora durante longo tempo
Espírito
Agora era carne
Ele que durante longo tempo
Gozou as delícias do sutil
Agora era matéria
Ele que fora a imagem e semelhança
Do Criador
Agora se sentia o próprio criador
E se disseminou por toda a Terra
No Universo em si
Ele já era todos os tempos
E também o homem se viu egoísta
E tudo quis para o seu uso próprio
E se viu possessivo e tudo desejou
E se viu poderoso e tudo consumiu
E se viu capaz e tudo destruiu
Por fim!
Nada mais tendo para o seu deleite
Nada mais tendo para o seu deleite
Ele se viu vazio
Viu-se só
Viu-se único
Era individualista
E se auto-destruiu
Mas o Criador
Respeitava plenamente sua criação
E nada o fazia desistir
Porque a sua Ronda devia ser preservada
E como Ele amava
Acima de tudo
O seu Filho
Deu-lhe toda a continuidade
Deu-lhe todo o poder
De criar e transformar
Deu-lhe o privilégio
De reviver os mortos
De reviver os mortos
E como aquelas criaturas faltaram
Novas criaturas ele pôs
Para que estas cumprissem
O restante do destino traçado
No ponto de inflexão
O homem estava dominando sua consciência
Ele conhecia
Ele sabia
Ele dominava
Ele sabia que sabia
Mas ele tinha perdido todas as suas formas sutis
Foi-se o tempo
Foi-se o vento
Foi-se a luz
Foram-se todas as coisas
Que o Pai nos deixou
E a leve brisa
Que restou
Levou de vez as paixões
Nosso pai
Saiu em direção ao mar
E com as mãos elevadas aos céus
Gritou
- Pai!
Como eu gostaria
De poder enviar-te
O meu hálito
Para que possais me colocar
Na vossa memória
Se quisesses ó Pai,
Transportarias todos os meus alentos
Para bem longe desta dor
Que me atormenta
E que se reveste de súplicas
Suas lágrimas rolaram até as águas do mar
E os dois corações se uniram
E reconheceram em si
Suas naturezas.
A Síntese que se formou
A Síntese que se formou
Reiniciou um novo período na respiração do Eterno
E a Vida
Que Ele inalava
Que Ele inalava
Exalava como Fogo
E como paixões
E como paixões
Este Fogo
Que tudo destruía
Que tudo destruía
Comandava a grande ressurreição
E dava novo alento aos parias
E tudo era um redemoinho
E tudo rodava na roda da sabedoria
Até que novamente
A Verdade se propagou
E levou de volta ao Todo Existencial
A mensagem dos aflitos
A água já não era mais revolta
Mansa dava novos ares de brandura
Sua colocação
Era para sempre desprezada dos homens
Mas toda a sua posteridade
Sabia da sua importância
E renegava a sua origem
Não mais se queria
Que se soubesse de tudo o que era
Pois o que será
Há de vir dos tempos remotos da Sabedoria
Onde nem tudo já fora passado
A água mansa cessara
O mar se impunha
E suas ondas eram cada vez maiores
E quando morriam na praia
Eram como serpentes
Que circulavam a areia
E limitavam sempre mais próximo do caos
Tudo vinha evoluindo sempre para maior
O que antes era somente alento
Passado
Passado
Agora eram grandes manifestações de tormentas
E ventos fortes
Que circulavam por todos os horizontes
Que circulavam por todos os horizontes
Novamente morria um temporal
E novamente comandava
Uma nova derrota do destino
E tudo voltava a ficar brando e suplicante
E todas as marés se transformavam
E novos alentos e novas súplicas
E assim o ciclo da mente se refazia
E era cada vez mais dominante no ser criado
Evoluindo
De alento a tempestades
De alento a tempestades
Eclodindo
De forças a mansidão
De forças a mansidão
Poluindo todos os seres
Com suas manifestações decadentes
E concretizando suas palavras em novos alinhos
E foi chegando a aurora de vidas
Que se parecia com a vida espiritual
Porque tudo se tornara mais benéfico
E mais transparente
Mas sempre turvado
Mas sempre turvado
Por novas ameaças de tempestades
E novas ameaças de fogo
A água
Continuava a beneficiar
Àqueles que dela se aproximavam
E sua mansidão
Mesmo turvada de breves devastações
Mantinha seu equilíbrio além
Ora !
O Alento Espiritual
O Alento Espiritual
Que era sempre mais puro
Somente conseguia uma nota por vez
E somente fazia uma cura a cada milênio
Todos olharam para longe e reviveram
Todos olharam para longe e cegaram
Todos olharam para longe e fugiram
Todos olharam para longe e morreram
Todos olharam para longe e
Não mais podendo se esconder
Suplicaram o perdão
Todos olharam para longe
E viram
Que a morte era involuntária
E que sua vingança
Não se fazia pelo passado
Mas somente pelo presente não sabido
- Não quero mais suportar este tormento!
- As coisas que vem do Paqi só eu as sei!
Suas lágrimas
Eram paz para a nossa alma
Sua dor
Era alimento para o nosso corpo
O Eclesiastes doravante renasce
A canção
É a razão para a pedra
Que pousa dentro do Pássaro de Fogo
Subir aos limites da Sabedoria
Aos poucos ele se eleva
E já não mais a água lhe tocava os pés
E o próprio vento era quem lhe consumia as lágrimas
E o seu coração era uno com o Eterno.
Bem sei que sempre estarei presente
Quer vos queirais ou não
Presente na vossa memória.
Na vossa memória do porvir
No vosso desejo de esperar
No vosso saber de aguardar
Tudo o que um dia ficou solicitado
E que agora é para sempre
Não mais terá apoio
Nos pés da vossa sabedoria
Na canção do vosso silêncio
No renascer da vossa alma
No simples desejo de jogar para bem longe
Tudo o que vos repele o odor
Estávamos todos de joelhos
Em silêncio
Contemplávamos a Luz que se formara
E a Voz que repercutia
Nos elevava o espírito
Orai !
Orai pelo vosso passado
Orai pelo vosso irmão
Orai para que sempre tudo esteja acima
Orai para que tudo se restabeleça
Orai para que a dor não se concentre na vossa casa
Orai para os mistérios nascentes
Orai pelo porvir da sabedoria
Leva a vossa mão ao oráculo do Senhor
E o Pai vos dará o vosso censo
Mantém calado o vosso desejo de ser
Refaz no vosso poder
cada palavra da vossa castidade
A memória dos aflitos
Tende a mostrar
Que vossa memória não mais é vossa
Que o vosso pensar
Já não mais e do vosso pensar
Que a vossa beleza
Somente é a vossa nobreza
Que o vosso passado
Se enche de tanto dar
Quando quiserdes beber da Água da Fonte
Vás à minha serpente
Colhes
No meu colo
O gotejar do meu peito
No meu colo
O gotejar do meu peito
Te inseres no meu útero
E revolves a vossa dor
Para que assim possuas a vossa afirmação
E a vossa sabedoria
Quem de vós
Já viveu eternamente sem colher os frutos
Os santos o sabem!
A vida é que queima as origens
A mente é que refaz os desejos satânicos
A dor é que desperta a pureza
A Água Viva
Que cai do manancial da Fonte
É que restaura a alegria
Quem bebe da vossa singeleza ?
Quem receia a vossa taça ?
Quem alimenta o vosso polegar ?
Quem gere as vossas lembranças ?
A minha taça é pobre
E o meu prazer é puro
A minha dor é nobre
E o meu passado é tudo
Não quero somente vos encontrar
Como também beber no vosso altar
Não quero somente vos saber
Como também ter o vosso prazer
Não quero somente vos amar
Como também vos suplicar
Não quero somente me perder
No doce prazer do convosco estar
E poder elevar a minha paz
No mais longe caudal do ter
Me dá a vossa canção de morte
Me dá o vosso respaldo de dor
Que mente macia
Que voz sussurrante
Que silêncio profundo
Que amor que me eleva
Que calha que é pura
Que malha me tramas
Que abalo concedes
Para que eu possa correr
Para que eu possa viver
No mais longe do teu altar
No mais feliz do teu amor
TEMPO RACIONAL
A Criação era perfeita
Plena
Plena
Evoluía dentro de todos os parâmetros
Conforme todos os desejos
Mostrava-se como o Pai
A havia manifestado em sua mente
Reduzia-se ao Todo
E formava o grande Nada
A evolução era constante
E as formas se encontravam harmônicas
Mantendo sempre uma unidade
Potencialmente
Todas as criaturas eram definidas
Mesmo que suas raízes fossem únicas
O homem continuava sua evolução
Mas na sua forma primitiva
Ele apenas hibernava no plasma
Na evolução das formas
Ele seguiu o seu caminho
E recebeu um sinal
Que mostrava a sua descendência
Muitos seguiram em frente
Mais alguns
Que ficaram para trás
Que ficaram para trás
Nunca mais puderam repor suas perdas
Estes involuiram no tempos
E suas formas nada transformaram
E sua mente nada mudou
E de primitivos passaram a irracionais
E ingressaram em outro tempo
Os que cresceram
Mostraram logo suas aptidões
Pois era preciso participar de toda a criação
para a sua sobrevivência
Eles eram um com todos
Mais já sabiam que sabiam
Organizaram seus campos e suas posses
Pensaram seus meios
Repuseram seus desejos
Formaram seus estados
Organizaram suas elites
Romperam a casca do saber
Evoluíram na matéria
Do mais etéreo
Ao mais denso
Ao mais denso
E involuíram no conhecer
Do mais profundo à síntese
Do todo ao nominal
E perceberam as emoções
E participaram dos desejos
E sentiram as paixões
E comeram do proibido
E viram a dor
Desde então
Uma nuvem cobriu seu passado
E os desejos corromperam a fome de viver
E as emoções corromperam os desejos de estar
E o pensamento descobriu o poder
E ele ouviu
E ele viu
E ele tocou
E ele saboreou
E tudo lhe parecia bom
E tudo lhe parecia fácil
E tudo lhe parecia belo
E tudo lhe parecia pleno
E ele era o próprio êxtase da criação
Mas sem perceber
Ele não sabia
Que tudo aquilo somente o tornava escarvo
Nada mais lhe era salutar
Que o desejo de possuir
E ele transformou o Amor em amor
E ele transformou a Paz em paz
E ele transformou a Criação em criação
E ele transformou a Vida em viver
E ele soube da morte
Mas não a conheceu no seu aspecto mais puro
Pois dele somente o presente restava
E quanto mais ele era
Mais estava dominado por ele
E quanto mais ele tinha
Mais estava dominado por ele
E quanto mais ele via
Mais estava dominado por ele
E quanto mais ele sabia
Mais estava dominado por ele
Uma grande explosão
Abria-se a tela do tempo
O Infinito
Consumia todos os seres
A bola inflamada
Rasgava o ventre do Universo
E tornava a penetrar no profundo
Na escuridão da treva
Treva que corrompia
Todos os globos incandescentes
Uma cascata de fogo vinha do infinito
Despertando todo o espaço
Consumindo tudo o que dela se aproximasse
Ou que se colocasse a sua frente
O éter
Contribuía para que a mesma se propagasse
E fundisse o eterno
A Unicidade
Se refazia compondo no mesmo ato
As provas que lhe vinham a mente
Já não mais desejávamos estar
Cumprir as adversidades
Que o mundo nos pregou
Esse era o nosso pecado
Girávamos
Rodávamos
Envolvíamo-nos
Em estados catalíticos
Volvendo todos os passados
Então depositados em nossas mãos
Nada mais restava
Para que podessemos reorientar
As lembranças
O amor
A morte
Os desejos
As paixões
As emoções todas
Compunham o nosso testemunho
A posse
O ter
O estar
O dever
O querer
Sempre cumprir este momento
Sempre cumprir este momento
Eram o nosso invólucro
Resgatados do mundo
Envoltos no turbilhão de fogo
Correndo pelo redemoinho
Éramos levados ao sem fim
Éramos consumidos
Éramos mortos
Era o torvelinho do tempo
Na específica ronda do saber
Que norteava mais uma vez
O rumo de tudo
O que se compunha de passados inglórios
Era o transformar dos estados
Que atuava sobre as formas
Inundando os rios
Correndo a larva incandescente
Até o grande oceano
A reunificação se faria mais distante
E muitos teriam que regredir
Nós queríamos volver ao Pai
E lutávamos na corrente
Que seguia sempre mais profunda
Nós lembrávamos do Filho
Quando este venceu os tempos
Aplacou as fúrias
Derrotou o mundo
Nós ouvíamos
Suas palavras
No fundo do nosso coração
E tentávamos soerguer nossa fé
E remover nosso destino
Unimos as mãos
Do nosso interior
Brilhou uma luz
Que só brilha no silêncio
Na mansidão do ser
Quando o ocaso já se fez aurora
Mergulhamos no nosso interior
E abrimos nosso templo
Submergindo na cura do nosso estar
Quando retornamos à nossa mente
Nada mais
Do que ali deixáramos
Havia restado
E os poucos que restaram
Não conheceram a paz
O que ficou
Somente era fogo
E o fogo lhes queimava todo o corpo
Até as entranhas
E suas carnes se desintegravam
E se corroíam como no acido
Eram todos semi-homens
Eram todos vermes
Eram todos escarros da vida
Suas mentes apagaram
Suas visões aplacaram
Suas mãos perderam o sentido de ser
Prostrados
Sem mais nada poder
Com a carne toda corrompida
E na dor
E na dor
Colavam-se ao próprio ponto onde estavam
E somente dos restos pútridos
De seus familiares
Serviam-se como alimento
E quando um somente restava
Clamava aos outros
Que se servissem da sua podridão
Seus ossos eram usados para matar
Sua dor era usada para viver
Do solo subia constantemente uma fumaça negra
Que
Como véu
Encobria toda a luz
Como véu
Encobria toda a luz
Muitos que ainda andavam
Recolhiam para si
Os restos daqueles que não mais viviam
Alguns quebravam em partes
A ossada dos semimortos
Para lhes apressar a morte
E lhes aproveitar os intestinos
Mas o Pai
Que a tudo via
Que a tudo permeia
Que a tudo permitia
Pois tudo aquilo somente ocorrera
Porque ele o havia permitido
Reconheceu naqueles mais débeis
A santidade
Naqueles mais fracos
A força
Naqueles mais podres
A humildade
Naqueles mais mortos
A Vida
E lhes deu o Amor
E lhes devolveu a Terra
E os colocou um novo Tempo
Chamou para si o último
E o instruiu
E o fez ver o passado
E conhecer tudo
O que lhe era permitido
E disse!
Este povo é teu
Tira-os da
podridão da lama
Tira-os da
terra
E coloca-os a
meu serviço
Pois os dias
em que estareis aqui
Estão
contados
Cumpre tudo
isto como vos digo
Pois a tua
carne corrompida
Não suportara
por mais tempo
Deixa uma
geração
Para que eu a
faça meus representantes
Uma outra grande explosão se ouviu
E o fogo
Que tudo consumia
Que tudo consumia
E que jogava sua fumaça negra como véu
Encobrindo a luz
Aplacou
Comeu suas chamas
Um ardente clarão desfez-se em raios
Banhando toda a criação em Luz
Luz forte e envolvente
Que nada permitia lhe fugir
E foi àquela hora
Que nosso pai saiu a nos procurar
E um a um foi chamando pelo nome
E um a um foram chagando a sua morada
E quando todos reuniram
Ele nos abençoou
Uma grande tempestade cobriu toda a criação
A água banhava nossos corpos
E limpava nossas feridas
E curava nossa dor
Mas ela principalmente
Purificava o nosso espírito
E quando ela se foi
Nada mais restava
Que testemunhasse a corrupção
A presença do pútrido
Do mal
Era o terceiro dia
Na penúltima volta do tempo
Deus Criador!
Redentor do meu passado
Causa dos meus efeitos
Lástima da minha memória
Seqüência do meu viver
Entrego-me a tua memória
Para que a tua Razão
Me possa restituir a glória
De poder estar novamente ao teu lado
Nesta explosão de prazer
Pai Criador!
Remove de mim esta agonia
Para que eu possa novamente te ver
Dentro das limitações que me são impostas
Para que eu possa refletir a vossa luz
Dentro da limitação do meu estar
Para que eu possa ver
Sentir e querer sempre
Sentir e querer sempre
Teu amor
Pai Sagrado e Celestial
Aqui estou a espera do teu sinal
Para que eu possa segui-lo
Nos caminhos por ti traçados
Para a minha próxima dor
E para que eu encontre também a minha redenção
Este meu corpo de nada me serve
Se nele não colocares o teu Espírito
Este meu corpo me corrompe o ser
Se nele não colocares o teu Amor
Este meu corpo me dói a alma
Se nele não colocares a tua Paz
Me eleva aos sete planos
Me toma de desejos
Me traz de volta à vossa Casa
Um dia
Eu serei um contigo
Eu serei um contigo
TEMPO ETÉREO
A aurora
Cintilando no cristal do orvalho
Dava nova vida à terra
Brotava o verde
Brotava o verde
E oferecia as criaturas
O frescor do renascer
No campo florido
O sereno da noite alimentara as flores
E os primeiros raios de sol
Despertavam o horizonte
Sem mácula
Puros
Intensos como a plenitude do eterno
O amanhecer anunciava o esplendor da natureza
A eclosão do espírito
Que dormitava em nosso ser
Rompia a densa matéria
Inerte
Na busca do sopro
Que intensamente soprava à terra
Revivendo seus frutos
O céu limpo
De um azul intenso
Era a própria mansidão do Criador
Apascentando as suas ovelhas
Os pássaros
Em revoada
Pontilhavam o espaço
E novamente aderiam a uma outra pousada
Em busca do alimento
Que lhes bastasse àquele dia
Nunca o Criador os deixou passar!
Todos os animais
Reorientavam seu natural equilíbrio
E no compasso da mesma canção
Tocavam em bandos para a pradaria
Contemplávamos esta beleza
Certos de que o Pai nos interrogaria mais tarde
Para saber das nossas necessidade
E que estaríamos prontos para mostrar-lhe
Quão grande era o seu passado
E como gostaríamos de sobreviver às suas frases
O despertar na natureza
Era como uma grande orquestra
Colocando seus primeiros acordes
E anunciando o tema proposto
Todas as harmonias se compunham
E tornavam o ambiente cada vez mais sereno e forte
Mostrando as cores intensamente vivas
O despertar das nossas vidas era maravilhoso
Novas formas se formavam
Novos seres se reorientavam
Novos deveres
Adversos ao passado
Colocavam cada ser
No seu presente
Na sua condição de fluir dentro do caudal
Que os levaria ao Rio da Vida
Em busca do Oceano da Paz
Tínhamos uma nova chance
Tínhamos tudo
Para conhecermos os novos caminhos
Tínhamos um novo tempo
Para traçarmos toda uma caminhada
As diversas opções que o Pai nos colocara
Estavam devidamente selecionadas
Entre todos os meios e veículos que nos cabiam
Escolhemos a que mais nos convinha
E se soubemos escolher
Somente o tempo o diria
Vários aspectos da nossa vida foram mostrados
E compreendidos
E muito fizemos para acompanharmos o nosso fim
Desejávamos não mais sofrer
Desejávamos verter de uma só Fonte nossa água
Provando de todas as delicias
Provando de todas as delicias
Que o Pai nos permitisse
Sentindo os sabores
Percebendo os tons
Juntando as harmonias
E a cada vínculo
Provando dos frutos
Que emancipavam a nossa chegada
Nunca correndo pelo mesmo leito
Nunca deslizando por um mesmo caminho
Sempre encontrando novas formas
E passando nosso tempo
Em busca do oculto
Muitos dos nossos
Escolheram dois ou três caminhos
E o Pai
Permitindo
Nos colocou todos os desejos
E nos volveu ao passado
E sentiu-se feliz
E a sua felicidade
Era ver os seus filhos vivendo
Mas logo
Tudo aquilo que recebíamos na graça
Em abundância
Corrompeu pelos nossos atos
E seguiram-se ao extermínio
Dos aspectos tão desejados
Que somente punham em decadência
Nosso ser
Nosso ser
O estar
Permitia-nos que uma nova origem fosse concluída
Assim o Pai
Que nos amava
Concedeu-nos esta experiência
Para uma conclusão mais forte
No Grande Dia
Os caminhos seguidos
Nem sempre eram opostos ou divergentes
Porém se completavam nos aspectos complementares
Que cada um desejava para o seu fim
Corremos o olhar pelo horizonte
E vimos
Que de tudo o Pai havia nos dado um pouco
Que de tudo o Pai havia nos dado um pouco
A nós somente restava
A conclusão do Dever
Aqueles que se dividiram
Logo se dispersaram
Com exceção dos que precisavam ficar em família
Dos que tinham que cumprir um Dever
O realce havia sido dado
As cores haviam se permutado
A água estava crescendo
No interior de cada ser vivente
As manifestações de prazer e carinho
Eram cada vez mais eternas
Nenhum de nós conhecíamos além dos limites
Que nos haviam sido impostos
E estes
Eram somente a media de todos os viveres
Cada um acompanhava tão bem o seu passado
Como se este estivesse ocorrido naquele instante
Todos dominavam o conhecimento do viver
Mas não sabiam o que a vida vos reservara
A cada passo que davam
Eram concedidas maiores graças
E a presença na nova Nação
Se fazia crescente
Recebíamos manifestações
De todos os irmãos no Universo
E deles sabíamos o que se passara
Na nossa origem
Nosso vínculo era estreito
Pois o Pai assim o queria
Para podermos mais facilmente
Integrarmos a nova Galáxia
A expansão estava quase que concluída
E sabíamos que o novo ato era o de Inspirar
A contração de alguns movimentos
Já havia começado
E os limites já perfeitamente definidos
Estavam agora caminhando à degeneração
Estavam agora caminhando à degeneração
Subimos nossos corpos
Até algumas outras Galáxias
E rondamos todos os estados
Em que elas se encontravam
Ouvimos muitas súplicas e lamúrias
Daqueles que ainda não se haviam definido
Ou não estavam preparados
Para tão grande prova
Periodicamente revisávamos nossos globos
E reorientavamos nossos destinos
Nosso pai
Ia e vinha de longas caminhadas
Sempre pronto a um novo destino
Quando o chamavam
E sempre pronto a solucionar qualquer obstrução
Os meios efusivos
Se fundiam por todos os lados
As águas
Nem sempre dominavam todas aquelas bolas
Que rondavam nos sete mil espaços
Incluindo suas Luas
Gostávamos!
Quando tudo de repente mudava seu curso
Para irromper numa nova aurora
Ou quando no crepúsculo
Podíamos mudar e reorientar os ventos
Crepúsculos e auroras se somavam
E derramavam suas cores por todo o Universo
Bramindo num longo caudal
Através do vento leste
Que soprava constantemente
Era maravilhoso
Quando podíamos deslizar pelo tempo
Mas nossos Deveres
Nem sempre nos permitiam estas maravilhas
Pois tínhamos que compreender
Que a nossa origem fora densa
E que estávamos recém ingressos
Na massa gasosa deste planeta
Corríamos por todos os campos
Integrávamos as flores
Até novamente cansados
Sairmos por sobre a praia
Acompanhando a velocidade daquele sopro
Que se desfazia tão logo despertava o dia
Assim era nossa vida
Assim era o nosso viver
Naquele momento
Em que para tudo
Foi levado o sonho
E a realidade
Fundindo-se em um só ato
Todos os prezares
Não que achássemos monótono
Aquele estar
Permanentemente gasoso
Sentíamos que se fazia necessário mais movimento
Antes que se exaurissem todas as forças
O mais comum era que nos horários da prece
Acrescentássemos o silêncio e a paz
Ao nosso ritmo
Afim de que
O despertar para o Eterno
Não fosse por demais perturbado
Nosso pai
Era o mais iluminado
Naqueles tempos de glória
Quando o Eterno nos concedia crescer
Ele tinha toda a liberdade
De ir e vir
Quantas vezes quisesse
Mas sempre com o objetivo de testemunhar
As graças D'Aquele que haveria de vir
E que para sempre reinaria
No centro de todo o Universo
A nossa espera era secular
Mas sabíamos que os dias eram contados
Um dia
Depois de percorrer todas as galáxias
Nosso pai nos reuniu
E fez vir de todos os cantos
Os filhos mais preparados
Afim de poder
Nos instruir
Nos instruir
Para a chegada do Fogo
Que nos consumiria
E nos levaria definitivamente à nossa origem
E reunidos
Confiamos nossas experiências
Um de cada vez
Àquele que nos havia instruído
Louvamos ao Senhor
Que na sua glória
Nos permitia prosseguir
Nosso pai
Havia composto uma canção muito simples
E muito agradável ao Senhor
Com muita paz
Entoávamos
Todos juntos
Todos juntos
Este cântico de glória
Hoje nasceu um novo dia
Um dia feito de esperanças
Glória a Deus por este dia
Hoje nós temos a tua Luz
A Luz que guia a escuridão do nosso ser
Glória a Deus por tua Luz
Hoje nós temos o teu Sopro
O Sopro que nos faz renascer
Glória a Deus pelo teu Sopro
Hoje nós temos o teu Calor
O Calor que nos aquece o íntimo
Glória a Deus pelo teu Calor
Hoje nós temos a tua Água
A Água que nos da a vida e nos alimenta
Glória a Deus pela tua Água
Hoje nós temos o teu Alimento
O Alimento que nos sacia o espírito
Glória a Deus pelo teu Alimento
Hoje nós temos a tua Alegria
A Alegria que nos veste de amor
Glória a Deus pela tua Alegria
Hoje nós temos a tua Paz
A Paz que nos aproxima dos homens
Glória a Deus pela tua Paz
Hoje nós temos a tua Humildade
A Humildade que nos deixa ser
Glória a Deus pela tua Humildade
Hoje nós temos o teu Amor
O Amor que não vê fronteiras
Glória a Deus pelo teu Amor
Hoje nós temos a Natureza
A Natureza criada de brilhos
Glória a Deus pela tua Natureza
Hoje nós temos o Irmão
O irmão que nos sacia a sede
Glória a Deus pelo Irmão que nos deste
Hoje nós temos o nosso Pai
O Pai que nos ama e perdoa
Glória a Deus pelo nosso Pai
Hoje nós temos a Mãe
A Mãe que nos concebeu
Glória a Deus pela Mãe
Hoje nós temos a Ti ó Pai,
O Caminho
A Verdade
A Vida
A Verdade
A Vida
Glória!
Glória a Deus!
Glória a Deus!
TEMPO ESPIRITUAL
A Paz!
O Amor!
A Vida!
A Sabedoria nos falava
E nós custávamos a entender
A Verdade nos conduzia
E nós custávamos a merecer
A Humildade estava acima de tudo
Nós já não estávamos nem éramos
Caminhávamos para muito além da chegada
Mas não havíamos chegado
Pensávamos somente no renascer
Mas não despertávamos
Colhíamos aqueles frutos plantados
Mas o doce mel exauria-se no favo
A hora em que o Pai
Nos levaria ao encontro das águas
O instante em que resultaria
À adoção dos pequenos
O momento da promessa
Na chegada à Terra Prometida
Nenhum sinal
Nada havia ficado
Nem o pouco
Nem o mais
Nem o pouco
Nem o mais
Nada restabelecia o tempo
Nada refazia na aurora o passar da agonia
Estávamos quase que orientados
No rumo
Estávamos em busca do sempre
Que nunca nos faltara
Estávamos na partida
Para o encontro da sabedoria
Mas o rumo nos fugia a causa
A coragem superava aquele momento fatal
O desejo de deixarmos os nossos corpos
Intensificava a razão
Mais perto estávamos
Do encontro com o Supremo
Disto tínhamos certeza
Orávamos!
Orávamos todos
Para que o Pai nos recebesse
Na Casa dos sete Reis
No útero das sete Primaveras
Como nascidos da primeira Luz
E ungidos com o Sangue da expiação
E que sempre nos tivesse
E que sempre nos tivesse
Como tidos na Terra as melhores obras
Depois de tanto navegarmos
De tantos ventos
Tantas marés
Açoites
Calmarias
Açoites
Calmarias
A chegada à enseada do Porto Seguro
Era quase como uma bênção aos nosso desejos
Nossos olhos
Não mais queriam voltar-se para longe
Volver ao passado
Era quase que loucura para nossos desejos
Todas as formas haviam passado
Uma a uma
De tempos em tempos
Quase que compulsórias
No entanto
No entanto
Bem propícias aos nossos desvelos
A morte
Era a causa primeira dos nossos passados
E a vida que ora impunha-se
Era como grande repasto ao nossos dias tão sofridos
As formas deformadas pela água
Foram moldadas pelo vento
Consumidas pelo fogo
Agregadas a terra
E finalmente na nova substância
Integradas para a manutenção da Verdade Eterna
Os corpos revestidos de mácula
Foram elevados com todos os seus passados
Vibrando nas suas células
E dando as origens aos seus nomes
As almas banidas de entre os mortos
Foram elevadas à essência do Divino
Resgatadas para sofrerem
As mutações que lhes eram apropriadas
Ficaram mais leves
E na mansidão elevaram-se à brisa da noite
A Luz
Emanava do interior mais profundo
De todos os seres
E já não eram mais seus interiores
Que reluziam
Mas todo os seus todos
Numa Grande Bola incandescente
E a mais brilhante
Sete milhões de vezes mais brilhante
Consumia as diversas bolas
Que continuavam a brilhar com seus brilhos
E nada acrescentavam à mais brilhante
A Grande Bola
Sete milhões de vezes maior
Sete milhões de vezes
Inundava todo o Cosmos com seu fogo
E seu calor derretia toda a massa incandescente
A água explodia numa nuvem de vapor
E a ventania veloz
Arrastava ao núcleo todos os restos
Todas as escorais
E o que restava era consumido instantaneamente
Em cinco dias tudo já era liqüefeito
E o caudal flamejante
Era o próprio plasma da origem
Que agora ressurgia no novo crepúsculo
De todos os finitos
E na chegada de glórias do Infinito
Mas o caudal plasmático
Também foi consumido
E reverteu-se o Tempo
E abriu-se o grande Vazio
Que devorava todas as manifestações de luz
O Vazio plenificava
Aumentava o seu estar
Resplandecia no seu ventre
A plenitude da luz foi-se
Integrando-se Àquele
Que a tudo consumia
Foi-se envolvendo em seu interior
E a bola fechava-se
Engolindo-se
No sexto dia
Tudo já estava plenamente consumido
E o Vazio plenamente plenificado
E no sétimo dia
o Nada
Era
Era
O CHAOS
Filhos!
Tudo isto vos disse
Tudo isto vos mostrei
Para que possais saber
Dos vossos tempos
Dos vossos tempos
E das vossa passagens
Neste estágio de provações
Para o qual fostes requisitados
Para a glória do Nome
Vos estais marcados em vosso tempo
Por uma missão que deveis cumprir
Seja ela árdua
Seja ela de dor
Seja ela de sofrimentos
Deveis cumpri-la sim
Para que o Pai
Possa manifestar
Através de vós
Através de vós
Os seus mistérios
Para que o Pai
Possa falar através dos vossos atos
E amar através das vossas obras
Vós fostes criados na dor
Não porque a dor fosse o desejo do Pai Criador
Mas por ser o vosso próprio desejo
Quando manifestastes a vossa consciência
E vossa mente corrompeu o vosso nome
A dor que vos une e vos dá proveito
Foi santificada pelo Filho
Para que possais saber
Que na dor
Vós também podereis vos glorificar
E que o vosso caminho de sofrimentos
Estará plenificado no final de vossas derrotas
Na dor
O Filho fez renascer em vós
A chama ardente
Que brotando de dentro do vosso mais íntimo ser
Deverá ser despertada
Pelo vosso desejo de entrega
Para que o vosso futuro
Possa ser garantido como uma promessa de glórias
De vós
O Filho fez irmãos
De vós,
O Filho fez espelhos
Ele galgou todos os sofrimentos
Para que podesseis eternamente
Serdes comparados ao Pai
A vós
O Filho entregou o seu bastão
E fez ver
Que na condução das vossas ovelhas
Tereis que também combater os lobos
Que famintos vos molestarão
E tudo farão
Para rouba-las do vosso rebanho
A vós
O Filho legou o seu Cálice
Para que na derrota ou na vitória
Possais suprir os vossos caminhos
Com novos caminhos
E as vossas roupas
Com roupas novas
E os vossos desalinhos
Sejam a própria condução do vosso querer
A vós
O Filho entregou a sua Mãe
E com Ela
Vos garantiu um lugar na Casa
E com Ela
Vos mostrou como conduzir
As vossas cinco batalhas
Que deveis travar contra o dragão
Dos vossos cinco tempos
Nas cinco cidades de ouro
Para que um dia
Para que um dia
Possais passar da primeira à segunda Casa
Até que conduzido
À porta mais estreita da sétima
Possais descobrir o segredo
Daquele que veio do Útero sem mácula
E se reintegrar à sua colheita
Acordais
Para o que de bom possa vir ao vosso encontro
Humilhai-vos
Pela remissão dos vossos pecados
Pela remissão dos vossos pecados
Não arrebatais do vosso próximo
A única moeda que lhe sobra
Para com ela ferir o peito
Do Cristo crucificado
E morto na Cruz do Testamento
A vossa Eucaristia
É o mais profundo estar
Em todos os momentos da vossa vida
Em comunhão fraternal
Com todos os que de vós aproximar
E principalmente
Com aqueles que vos pedem pelo amor de Deus
E o Deus todo poderoso
Que acendeu a fogueira da expiação
Que vos deu a Luz
da santificação
Que vos
colocou as trevas da Fé
Que vos fez
dignos do seu legado
E vos deu o
direito de prosseguir
E vos tirou o
discernimento no escolher
Que apague de vós as manchas
Que corromperam todos os vossos dias inglórios
E que nunca vos deixaram enxergar o futuro
O Tesouro
Que se encontrava tão perto de vossos olhos
Que se encontrava tão perto de vossos olhos
E de vossas mãos
Vede filhos meus!
Eu nunca vos guiei ao paraíso
Mas somente à Fonte de Água Viva
E foi dEla
Que bebestes todas as vezes
Que de mim vos aproximastes
Pois por meu intermédio
Vossas súplicas chegaram até o Pai
Nunca eu vos coloquei
Nos limites da terra prometida
Mais somente vos conduzi
Ao grande madeiro
Para que na presença do Cristo de Glórias
Vós mesmos recebais de suas mãos
A Matriz
A Bênção
A Adoção
Na santificação dos vossos atos
Eu nunca vos levei a estrada da luz
Mas simplesmente
Ajudei a orientar as setas
Que o Espírito de Luz
A todo o instante
Vos colocava
Para que vós pudésseis
Para que vós pudésseis
Mais cedo
Chegar ao Sétimo Céu
Eu nunca vos dei a Vida
Foi Ele quem a deu
Através da sua dor
E do seu sofrimento
Na glorificação do seu Terceiro Dia
Ele vos deu a Dor
Mas também vos deu a Mãe
E nela é que deveis colocar
Todo o vosso desejo de ser pleno
Filhos!
Aqui eu apenas quis vos revelar
O Cristo Jesus
A Glória do Pai devolvida na Luz da Vida
O Filho de Deus Verdadeiro
A Unidade na Santidade de todos os tempos
A Passagem quando o Vazio for Pleno
O Luzeiro nas trevas da nossa fé
O Impar na dualidade dos vossos tempos
A Harmonia Perfeita no Chaos da Esperança
O Caminho!
A Verdade!
A Vida!
A Verdade!
A Vida!
É a vossa salvação
E a vossa plenificação
Para que um dia
Possais chegar à Glória do Eterno
E aqui vos coloquei o seu exemplo
E aqui vos coloquei o seu exemplo
E a sua palavra
Segui este exemplo
Escolhei a sua Verdade
Progredi no seu passo
Olhai no seu peito
A marca da vossa esperança
E a porta estreita da vossa passagem
Prossegui no Caos da Divina Harmonia
Nosso pai
Já não mais estava presente
Em pessoa
Quando falou estas últimas palavras
O turbilhão cessou
E uma nova ordem fazia-se presente
As origens
Estavam representadas em cada ponto nascente
E a Vida continuava o seu espetáculo
Na Humildade
A Paz...
A PALAVRA
Tenho ainda muito que vos dizer,
mas não podeis agora suportar.
Quando vier o Espírito da Verdade,
Ele vos conduzirá à verdade plena,
pois não falará de si mesmo,
mas dirá tudo o que tiver
ouvido
e vos anunciará as coisas futuras.
Jesus Cristo
Comentários
Postar um comentário